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Festivais

33° Festival de Gramado – 3

Gramado é sertanejo

Por Luiz Joaquim | 17.08.2005 (quarta-feira)

Gramado (RS) – Noite histórica na terça-feira, segunda
dia do 33º Festival de Gramado. E não era tanto pelos
filmes da mostra competitiva ou pela presença de gente
como José de Abreu, Eva Wilma, Paulo Betti, Lúcia
Veríssimo, Antônio Caloni, José Wilker (como mestre de
cerimônia do evento), mas sim pela chegada, à 0h10 de
ontem ao Palácio dos Festivais de Zezé di Camargo e
Luciano.

Em passagem relâmpago para a exibição fora de
competição de “2 Filhos de Francisco”, de Breno
Silveira, a dupla sertaneja quase não consegue passar
pelo tapete vermelho. Gerando uma gritaria
generalizada, fãs dos cantores conseguiram pular a
grade de proteção que cercava a passarela e ainda
driblaram os seguranças só para tocar seus ídolos. Uma
dessas fãs chegou a desmaiar em frente ao Palácio.

No interior do cinema, a comoção não foi menor. As
estrelas sertanejas cantaram e fizeram a sala lotada
acompanhá-lo na melodia, e ainda comemoram o
aniversário de Zezé di Camargo, 43 anos completos
ontem.

Muito antes desse escarcéu, durante à tarde, Gramado
exibiu , no mesmo Palácio dos Festivais, a mostra
latina. Na terça-feira, o argentino “Buenos Aires a
100%” causou boa impressão na crítica. Já “Um Dia Sem
Mexicanos” (foto), do mexicano Sergio Arau, começou
arrancando risadas da platéia com suas piadas sobre o
que aconteceria com a Califórnia se sumissem os
hispânicos que lá habitam.

Repleto de informações explicitas, escritas na tela
como um documentário, sobre a participação decisiva
desse povo na economia, política e cultura
californiana, o filme quer chamar a atenção para “como
se pode tornar visível o que parece ser invisível”.
Problemas surgem na extensão do filme (90 minutos que
parecem 120), porque a piada fica cansada e o riso
vai embora. “Um Dia Sem Mexicanos” foi comprado pela
distribuidora Art Films e estréia no Sudeste amanhã.

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