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Reportagens

Cine São Luiz (Recife) volta para o GSR

AESO encerra contrato com o GSR para reformar o palácio recifense

Por Luiz Joaquim | 04.03.2008 (terça-feira)

Após treze meses sob custódia das Faculdades Integradas Barros Melo (Aeso), o Cinema São Luiz não vai mais abrir as portas. Alegando falta de comunicação com o Grupo Severiano Ribeiro (GSR) para rediscutir os termos de locação do espaço, a instituição de ensino já enviou ao GSR a rescisão do contrato. “A sensação é de frustração. Esse espaço é uma caixinha de surpresas, e os problemas surgem diariamente”, afirma a diretora da Aeso, Ivânia Barros Melo. Até agora, foi feita a maioria das obras de infra-estrutura, incluindo a restauração do teto, banheiros, camarins, escritórios, cabine de projeção e painéis, além da impermeabilização do telhado. Foram gastos cerca de R$ 400 mil nessas benfeitorias, mas seria necessário pelo menos o dobro desse valor para completar o trabalho.

A Aeso começou a gerir o cinema a partir de 1º de fevereiro de 2007, com a proposta de implantar um centro cultural para cinema, música e artes cênicas. O contrato de locação do espaço tinha duração de cinco anos. Houve tentativas, por parte da Aeso, de estender esse período de locação, mas não teve êxito junto ao Grupo proprietário da sala. As obras só começaram em julho do ano passado, por conta de exigências da Fundarpe e, durante esse tempo, a instituição se ressentiu da falta de parceiros que a apoiassem e arcou sozinha com condomínio, energia e água. Foram encontrados gordura nas paredes e no teto, muito lixo nas tubulações, vazamentos de água e cupins e outros problemas estruturais.

Desde então, representantes da faculdade dizem ter tentado agendar uma reunião pessoal com o presidente do Grupo Severiano Ribeiro, sem obter resposta. Em 29 de janeiro, a Aeso enviou uma carta com seis páginas a Luiz Severiano Ribeiro Neto relatando os progressos no andamento das obras e as dificuldades encontradas, pedindo, por fim, o adiamento do pagamento do aluguel do cinema até no mínimo 60 dias após a inauguração do centro cultural. Mesmo com a desistência da Aeso em gerir o São Luiz, a diretora de planejamento da faculdade, Izabella Barros Melo, anunciou que haverá um centro cultural da instituição na cidade, mas em outro local.

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