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Críticas

X-Men Origens: Wolverine

Chega Wolverine: fiel e insolente

Por Luiz Joaquim | 30.04.2009 (quinta-feira)

Desde a época em que só tinha forma apenas por traços e cor no papel dos HQs, o mutante Wolverine, do grupo de superherois X-Men – criado por Stan Lee e Jack Kirby em 1963, sendo publicada pela Marvel desde então – sempre foi o mais atraente pela sua irreverência e insolência. Depois que veio às telas a primeira adaptação cinematográfica (em 2000) da história destes herois renegados pela sociedade, a feliz escolha do carismático e talentoso ator australiano Hugh Jackman para encarnar o homem com estrutura óssea de adamantium ajudou a manter no personagem sua esfera de ícone maior do grupo. O que nos traz hoje à estreia do primeiro filme que investiga as origens daqueles herois.

“X-Men Origens: Wolverine” (X-Men Origins: Wolverine, EUA, 2009), como o título explicita, volta ao passado do Jimmy Logan (Jackman), quando ainda era uma criança e tem sua primeira reação nervosa, que estimula o eriçar de suas garras entre os dedos da mão. Já nesse prólogo, o público que não leu o HQ, percebe a dimensão trágica de Logan ao matar o próprio pai por engano.

Antes de chegar ao outro momento de perda crucial em sua vida sentimental, já adulto, com o assassinato de sua mulher (a bela Lynn Collins), o interessante crédito de abertura indica a vida errante do protagonista ao lado do irmão primogênito Victor (Liev Schreiber, sempre com ótima presença como vilão).

Diferente do caçula Logan, Victor é uma massa ambulante de violência sem nenhum traço de piedade. Essa diferença separa os irmãos que posteriormente voltam a se encontrar em posições contrárias. Para derrotar o irmão velho e mais forte, Logan inocentemente se une ao seu algoz Stryker (Danny Huston) e se deixa ser cobáia da experiência que lhe dá a famigerda estrutura de adamantium nos ossos, tornando-se praticamente indestrutível e com uma sistema de regenaração quase instantâneo.

Não há nada no filme que o fã do quadrinhos desconheça. Se há uma prazer neste filme dirigido por Gavin Hood, que também é ator e nasceu no mesmo ano dos X-Men, ele é o mesmo identificado nos três filmes anteriores. A ação é constante, os efeitos bacanas, e o gosto de ver na tela “novos” personagens que já conhecemos das revistas volta a acontecer, como foi a boa impressão que deu a primeira adaptação, ha nove anos.

Um detalhe é que esta nova produção parece bem mais violenta que as anteriores, ainda que, com tanta morte em cena, não vejamos uma gotinha de sangue na tela. É um cuidado comum que Hollywood toma, não para preservar seu jovem frequentador, mas para ter certeza que vai dar um drible na classificação etária e atrair a maior quantidade de jovens possíveis. Eles que são a principal fonte de renda da indústria americana do entretenimento. E são eles, sem dúvida, que irão se envolver mais com o destino triste de Logan.

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