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Críticas

Battleship: Batalha dos Mares

Entrevero no mar

Por Luiz Joaquim | 11.05.2012 (sexta-feira)

“Battleship: Batalha dos Mares” (Battleship, EUA, 2012), de Peter Berg (de “Hancock”, 2008) chega hoje aos cinemas brasileiros com muita vontade de dar certo. A superprodução de 200 milhões de dólares não foi bem nos países onde já estreou – nos EUA, só entra em cartaz na próxima sexta-feira, dia 18. Não é para menos que o lançamento deste trambolho da Universal esteja invertida na agenda hollywoodiana. A estratégia é uma maneira de tirar a produção do vexame, considerando suas já conhecidas frágeis qualidades como cinema para entreter.

Suas 2h11 de duração são tão pretensiosas quanto aquilo em que o filme se transforma em sua segunda metade. Isto porque esta história inspirada no joguinho “Batalha Naval” ainda traz algumas pontos de atenção em sua primeira hora. O fio bolado para carregar o enredo manjado – a personificação do heroísmo em um homem desacreditado – recai aqui sobre Alex Hopper (Taylor Kitsch, o fortão do recente “John Carter: Entre dois Mundos”).

Hopper é um irresponsável que aos 25 anos não tem emprego. Obrigado pelo irmão mais velho, ingressa como oficial naval. Famoso pela indisciplina, ele quer casar com a filha (Brooklyn Decker) de seu almirante (Liam Neeson). Neeson está aqui ganhando dinheiro fácil para apenas fazer cara de durão; assim como Rihanna, aqui como uma militar, só para dizer frases de efeito e atrair seu fãs à bilheteria.

Eis que um treino de batalha naval entre países como os EUA, Japão e Austrália, entre outros, coincide com uma invasão alienígina (sim, mais uma!) próximo ao Hawai. Os ETs são malvados e querem a Terra sem os humanos nela. Enquanto o filme constrói o perfil de Hopper no início, e introduz os detalhes da ameaça extraterrestre ao espectadores, “Battleship” consegue segurar a atenção – em particular pelos efeitos especiais.

Mas a situação fica dura de engolir quando todos – por todos entendam todas as nações, além dos portadores de deficiência física e os idosos reservistas da marinha americana – se unem na batalha contra os aliens. Uma das cenas mais involuntariamente cômicas, e triste, mostra os velhinhos em conjunto caminhando em câmera lenta, a lá “Cães de Aluguel” (1992). A pergunta é, quando virão à Terra, via Hollywood, os ETs bonzinhos? Já tem 30 anos que o último esteve por aqui.

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