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A terra da fantasia era no Chevrolet Hall

Festa contou com defensores do Frevo

Por Luiz Joaquim | 24.02.2014 (segunda-feira)

É um mundo à parte. Participar do Baile Municipal do Recife – que celebrou sua 50ª edição sábado, no Chevrolet Hall – é como estar num universo pararelo. Ali, o X-men Wolverine troca ideas com o Chapeleiro Maluco e a própria Alice do País das Maravilhas. É onde o herói Lanterna Verde dança frevo com a presidente Dilma Rousseff, e onde o Homem de Lata e o Espantalho da Terra de Oz bebem juntos ao Avatar de James Cameron.

Conhecido pela elegancia e capricho das fantasias com as quais seus foliões brincam, o baile que nasceu em 1961 (por três ano não aconteceu) valorizou, neste sábado, a brincadeira antes mesmo da entrada principal.

Num palco na área externa, promoveu um concurso que premiou com R$ 2,5 mil a melhor indumentária dos brincantes em duas categorias: frevo e originalidade. O próprio júri – os atores Luciano Pontes, Romildo Moreira e a modelo Fabiana Pirro – bancavam o figurino da Família Adams.

Para uma edição tão especial, as atrações musicais foram acertadamente formadas por talentos pernambucanos. Enquanto a Orquestra de Frevo Só Mulheres embalava o concurso lá fora, no salão interno da festa a música começava a sob a batuta do Maestre Formiga com Claudionor Germano e convidados entoando clássicos como “Madeira que cumpim não roi” e outros tantos hinos do nosso ritmo mais autêntico.

Antes da participação da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério – com o irreverente Maestre Forró regendo até mesmo enquanto plantava bananeira -, a batida forte do Gigantes do Samba tocou no salão, em meio aos foliões, enquanto mulatas rebolantes chamavam a atenção no palco.

Mas a bagunça ainda parecia no início quando, perto de meia-noite, a SpokFrevo Orquestra tomou o palco e, para um Chevrolet Hall já absolutamente lotado de gente e animação, começou a dividir seu talento musical com os convidados Alceu Valença, Elba Ramalho, Jorge du Peixe, Fábio Trummer e outros.

Houve ainda a presença de Antônio Carlos Nóbrega (homenageado da festa). Já passava de uma da madrugada quando ele cantou após Alceu Valença, e lembrou Reginaldo Rossi interpretando “A raposa e a uva”.

Enquanto isso, no salão, acompanhado pelo Mestre Yoda e seus soldados da Força, o vilão Darth Vader (o folião Edvaldo Gadelha) lamentava a ausência da esposa que não veio à festa por conta da gravidez. Já o morcego Batfino e suas asas como uma couraça de aço (Rogério Pontes) caçava o vilão Hugo-a-go-go , enquanto o herói Aquamen (Alexandre Gomes) disse precisar tomar ainda mais duas cervejas para começar a prender os bandidos. Era carnaval.

PREMIADOS– No concurso de fantasia entre os foliões, promovido pela organização do Baile Municipal, saiu vencedor o Homem-árvore na categoria originalidade, e no quesito originalidade, venceu o folião que dançou frevo para o júri, além de recitar uma poesia inspirada no ritmo.

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