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12º Cine-PE

Câmera clara 102

Por Luiz Joaquim | 17.03.2008 (segunda-feira)

Com a divulgação, semana passada, dos longas-metragens selecionados para compor a mostra competitiva do 12º Cine-PE veio uma indagação: o que é mais interessante na seleção para um festival de cinema brasileiro? Privilegiar obras inéditas (leia-se, não exibidas em festivais anteriores), ou, independente do ineditismo, simplesmente selecionar entre as inscritas aquelas que indubtavelmente possuem, entre outras qualidades, valor de inovação e envolvimento cinematográfico? Qual o critério curatorial mais interessante para o público, que, em primeira instância, seria o principal objetivo para se realizar um festival assim. Equação difícil. Primeiro porque cada público tem um perfil e, nesse sentido, vale perguntar se devemos dar ao público o que ele quer, ou o interessante é educar o olhar desse público para algo que ele não conhece mas que, certamente, irá beneficiá-lo em sua formação com a linguagem audiovisual. Para este Cine-PE, oito títulos foram escolhidos pelos curadores Carlos e Mirna Brandão, jornalistas cariocas, junto a Sandra e Alfredo Bertini, diretores do evento local. No caso desta seleção, há ainda outra questão. Para a mostra competitiva, 11 longas pernambucanos (entre 77 de todo o país) se inscreveram com o interesse de exibir para os 2.400 espectadores que lotam anualmente, por sessão, o Centro de Convenções. Um entrou, o documentário de Leo Falcão “Guia Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife”. Outros podem passar numa mostra que a BPE programa para acontecer entre 25 e 27 de abril no Cinema da Fundação, espaço com menor visibilidade pelo público e pela mídia de outros estados, numa sala de 197 poltronas. Nesse ponto, a questão volta a pergunta anterior: se a diretriz for dar o que o público local quer, e isso sigfinica ‘cinema pernambucano’, então, provavelmente, há um conflito a resolver. Ao mesmo tempo, incluir qualquer trabalho pernambucano numa mostra competitiva nacional, mesmo os de qualidade questionável, não parece nada sensato. É uma equação difícil.

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Rain
No final de semana passado, a Rain Network, empresa responsável por exibições digitais profissional em cinemas brasileiros, bateu um recorde pessoal. Exibiu 19 títulos em cerca de 80 salas espalhada pelo país. No Recife, a única sala que trabalha com o sistema Kinocast, da Rain, é o Cinema da Fundação, constanto esta semana dois títulos de seu catálogo, “Jogo de Cena”, de Eduardo Coutinho, e “Persépolis”, de Marjane Satrapi.

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Olimpíadas
Anibal Massaíne recebeu da China Film Group uma proposta de distribuir e exibir o documentário “Pele Eterno” na China. O plano é lançar o filme durante as Olimpíadas, em agosto. O boletim da ‘Filme B’, informa que a política naquele país é de importar apenas 20 filmes por ano. Pode-se entender o interesse por “Pelé Eterno” como um privilégio.

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Mais Superman
Bryan Singer já trabalha na produção da seqüência para “Superman – O Retorno”, filme que dirigiu em 2006. Com o fim da greve dos roteiristas, Singer recomeçou a escrever a nova história do heroi norte-americano. Ele promete mais ação no novo filme, uma vez que o perfil do personagem já ficou bem estabelecido na primeira obra.

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