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Críticas

Noivas em Guerra

A aparência, acima de tudo

Por Luiz Joaquim | 06.02.2009 (sexta-feira)

Estréia “Noivas em Guerra” (Bride Wars, EUA, 2008), filme de Gary Winick, em que Anne Hathaway e Katie Hudson brigam pelo salão de festa da cerimônia de seus casamentos. A estúpida razão que move o sentido do filme existir, só salienta o quão estúpida são suas piadas e o quão estupidamente um segmento de produções de médio orçamento em Hollywood vem tratando seu público mediano.
Hathaway é Emma – a professora boazinha que coloca os outros sempre em primeiro lugar – e Hudson é Liv – a advogada egoísta e dominadora. Amigas desde criancinha, sonham com o dia de seu casamento como o ápice de uma vida aparentemente vazia. A aparência vem por conta de enredo nos faz entender que não há mais nada importante na vida dessas duas coitadas que não a cerimônia em si.

A confusão se dá porque ambas ficam noivas no mesmo mês e o único lugar em que pensam em casar, desde de a época de menina, é o salão de festas de um hotel em Nova Iorque. Para isso contratam a melhor agência de cerimonial de lá, tocada por St. Claire (Candice Bergen, coitada). Por um equívoco, a data da cerimônia cai no mesmo e único dia, de uma agenda lotada por três anos. A partir daí, as duas melhores amigas viram melhores inimigas tentando sabotar o casamento da outra.

Só no caso de o filme explicar científicamente que aquelas duas mulheres possuíam a mentalidade de uma criança de seis anos, seria possível entender as maldades que elas fazem uma às outras, e daí talvez sorrir daquilo.

A razão da briga das duas personagens é tão imbecil, pela infantilidade no corpo de duas supostas adultas, que o público só pode se sentir ofendido com ‘alguém’ querendo lhe convencer o contrário. “Noivas em Guerra” é tão absolutamente pobre em sua estrutura, seguindo uma fórmula de acontecimentos simultâneos, próprio de uma novela como “Guerrra dos Sexos”, com a qual a Rede Globo nos divertia há 20 anos. Estupido é a palavra.

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