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Spokfrevo lança 2º álbum

Harmonia e inventividade marcaram o show

Por Luiz Joaquim | 25.11.2013 (segunda-feira)

Um sucesso em todos os aspectos, é o que se pode dizer da apresentação à sociedade, sexta-feira passada no teatro Luiz Mendonça, do novo álbum gravado pela Spokfrevo Orquestra, “Ninho de Vespa”. Spok não poderia estar mais feliz naquela noite, e a expressão dessa felicidade vinha à tona na palavra “sonho” que, durante toda sua apresentação, o maestro a usou diversas vezes para referir-se a algo concretizado.

Para uma platéia interessada e animada que ocupou quase todos os 575 lugares do Luiz Mendonça, Spok falou de um dos mais determinantes momentos de sua carreira quando, há cerca de 20 anos, o pianista George Aragão lhe mostrou a quinta faixa do disco “Brazilian Serenata”. Nela Dori Caymmi cantava a canção “Ninho de Vespa”, de Dori e Paulo César Pinheiro .

“Até ali eu encarava o frevo de uma maneira crua. Aí ouvi um saxofonista solando e improvisando no frevo e uma nova perspectiva se abriu”, disse ele. Desde daquele momento, Spok passou a desejar, um dia, gravar a música. Não só o fez como assim batizou este seu segundo álbum trabalhado em um estúdio.

O amor de Spok pelo frevo (“ninguém gosta mais de frevo do que eu; pode até gostar igual, mas disto não passa”, brincava) junto ao entusiasmo e competência musical que consegue alcançar com sua orquestra certamente passam pela beleza da liberdade do improviso. Uma liberdade que remete aos melhores jazz e jazzistas do mundo. Ou melhor, por que não dizer, aos melhores frevos e seus respectivos compositores e intérpretes.

A ideia do improviso dentro da melodia pronta apareceu logo na segunda música que apresentou no show, “Moraes é frevo”, que Spok criou em homenagem a Moares Moreira (“um dos grande expoentes do frevo”).

Na sequência, com a nervosa “Onze de abril”, que Dominguinhos compos em homenagem à filha, Spok meteu uma melodia do Hino Santa Cruz Futebol Clube e o do Hino de Pernambuco, já acordando a platéia para a inventividade melódica que viria pela noite.

E o momento certamente mais emocionantes se deu quando, com a ajuda de uma vitrola no palco e projeções de fotografias de Nelson Ferreira (1902-1976), A Sporfrevo Orquestra alternou a interpretação, ao vivo, de “Vassourinhas” (de Matias da Rocha) com a versão da vitrola gravada por Ferreira. Foi um espetáculo de sincronicidade e uma ode à alma de Pernambuco que se chama, como bem disse Spok, frevo.

A noite encerrou com a participação de convidados, que também aparecem no álbum, como César Michiles, Beto Hortiz, Luciano Magno, Bráulio Araújo e Thiago Albuquerque entre outros – numa jam session para “Vassourinhas”.

EM TEMPO: Spok ainda anunciou que já conquistou patrocínio para promover mais 15 shows pelo Brasil com seu “Ninho de Vespa” em 2014; além de recursos para fazer um novo disco e com este realizar mais 15 apresentações.

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