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Críticas

Jogos Mortais 2

Seqüência instantânea que traz pouco lastro com o original.

Por Luiz Joaquim | 30.08.2018 (quinta-feira)

-publicado originalmente em 2 de Outubro de 2005 no jornal Folha de Pernambuco

Há exatos oito meses, estreou nos cinema Jogos Mortais, filme que tinha como principal mérito colocar o espectador em pé de igualdade com as vítimas da história, uma vez que não se sabia a razão pela qual elas eram punidas e quem as punia. Havia também uma engenhosidade medonha nas torturas que, apesar de gráficas eram bem mais incômodas em termos psicológicos. Hoje estréia Jogos Mortais 2 (Saw II, EUA, 2005), seqüência instantânea que traz pouco lastro com o original.

Sem a assinatura do roteirista e do diretor que bolaram o primeiro filme, a nova produção, sob controle de Darren Lynn Bousman, não respeita a atmosfera do medo pela desinformação. Logo de início, sabe-se que o detetive Eric (Donnie Walhberg) não se dá bem com o filho e não é difícil presumir que o psicopata (Tobin Bell), apelidado de Quebra-cabeça, irá usar o menino para que Eric reflita sobre o valor de sua relação com o moleque.

Assim como outras sete pessoas, o moleque acorda preso numa casa sem saber como foi parar ali, exceto por uma mulher (Shawnee Smith, que junto a Bell, esteve no filme anterior). Ela já havia sido vítima de Quebra-cabeça e descobre que eles têm duas horas para encontrar o antídoto que pode salvá-los de um vírus letal que lhes foi impregnado pelo ar.

Ao final do filme, há de se elogiar a peripécia do roteiro de Bousman quanto à revelação da real intenção do criminoso com Eric, sua principal vítima. Mas, até chegar lá, Jogos Mortais 2 exerce apenas um exercício de invencionices para torturas sanguinolentas, suscitando no público sede apenas para imaginar qual será a próxima maldade com os seqüestrados. Se assim continuar em novas seqüências (Jogos Mortais 3, 4, 5…), a franquia corre o risco de tornar-se tão banal e apalermada quanto um  Sexta-feira 13 da vida.

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