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Críticas

Dois brasileiros estréiam no Recife

Opala entra em cartaz no Recife

Por Luiz Joaquim | 11.12.2008 (quinta-feira)

Duas novidades do cinema brasileiro chegam às telas do Recife hoje. Um deles, “Nossa Vida não Cabe num Opala”, de Reinaldo Pinheiro (no Cine Rosa e Silva), na verdade já foi visto no último Cine-PE em maio. Já “A Mulher do meu Amigo”, de Cláudio Torres (filho de Fernanda Montenegro) estréia em cadeia nacional nos multiplex.

O roteiro é de Cláudio baseado na peça “Largando o Escritório” de Domingos Oliveira. Conta a história do bem sucedido homem de negócios (Marcos Palmeira), que está em crise com a profissão. Casado com a rica e mimada Renata (Mariana Ximenes), ele trabalha com seu sogro, o amoral empresário Augusto (Antônio Fagundes). Durante suas férias na casa dos amigos Rui (Otávio Müller) e Pamela (Maria Luísa Mendonça), Thales decide que vai parar de trabalhar e a decisão afeta a vida de todos à sua volta. O longa-metragem anterior de Cláudio foi o interessante “O Redentor” (2004)

Já o roteiro de “Opala” foi adaptado, pelas mãos de Di Moretti da peça “Nossa Vida Não Vale Um Chevrolet”, de Mário Bortoloto, A dramaturgia parte da morte do patriarca, vivido por Paulo César Peréio (pouco aproveitado), de uma família suburbana paulista composta pelos irmãos Monk (Leonardo Medeiros) como um ex-boxer derrotado; Lupa (Milhem Cortaz), um bobão ‘puxador’ de Opalas; do jovem Slide (Gabriel Pinheiro) dividido entre os destinos dos dois irmãos mais velhos, e de Magali (Maria Manuela), mulher inerte e sem expectativas com a família, com o profissional e o emocional.

A proposta aqui é a de mostrar tensões humanas em conflito, num grupo familiar desesperançoso e em frangalhos, cuja razão da fragmentação e decadência não fica tão definida, tendo como dica apenas as aparições do falecido patriarca lamentando o rumo dos filhos. Filme também dialoga com o humor, que ganha força legítima pela participação à vontade de Cortaz (em especial contracenando com Maria Luisa Mendonça), enchendo a tela com a presença anárquica e imbecil de seu personagem bem desenvolvido.

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