X

1 Comentário

  • Camila

    Grande revisão de filme, realmente a melhor coisa é a direção do Foster. E profissionalismo de Clooney, Roberts e O’Connell (melhor elenco) neste thriller moralista, eventualmente, levar a bom termo com a sua dupla missão de entreter e instruir.

  • Críticas

    Jogo do Dinheiro

    Uma ideia (incompleta) na cabeça e uma arma na mão. Jodie Foster mostra pulso forte nesta direção.

    Por Luiz Joaquim | 11.07.2016 (segunda-feira)

    26-maio-2016 (quinta-feira)

    LUIZ JOAQUIM

    Mas que simpático este quarto filme em que Jodie Foster assume a direção. Numa tacada só, com Jogo do dinheiro (Money monster, EUA, 2016), ela crítica a estupidez do show business na tevê, com seus respectivos espectadores-zumbis, e as falcatruas do mercado financeiro.

    O leitor não precisa se espantar ao ler “mercado fincanceiro” nestas linhas e fazer relação com o muito bom (mas difícil) A grande aposta (2015), de Adam McKay, vencedor do Oscar de roteiro adaptado neste ano.

    Ao contrário da sofistica história contada no filme de McKay, a tramóia financeira aqui em Jogo do dinheiro é um detalhe, ainda que criminoso, a estimular a desespero e a ação a qual Kyle (Jack O’Connell) vai criar e gerar tensão por toda a duração do filme, sustentada com competência e segurança por Foster.

    Kyle é um jovem desempregado de 24 anos, que ficou órfão há seis meses. Com a namorada grávida, ele perdeu todos os 60 mil dólares que havia herdado da mãe ao aplicá-lo num investimento na bolsa de valores, em ações da fictícia empresa Ibis, como havia sugerido o apresentador do programa de tevê Money Monster, Lee Gates (George Clooney).

    Lee é mostrado como o típico egocêntrico, soberbo, mimado e a autosuficiente estrela de tevê que certa manhã vê seu estúdio invadido por Kyle armado e com o único objetivo de saber do apresentador por que ele havia indicado as ações da Ibis, tendo a empresa, duas semanas depois, perdido 800 milhões de dólares da noite para o dia.

    Jogo do dinheiro segue assim, entre as negociações de tirar Kyle do programa ao vivo, tendo sempre a diretora do programa Patty (Julia Roberts) o sangue frio necessário para minimizar o problema, enquanto paralelamente também vai o filme aos poucos nos revelando a real razão da queda da empresa no mercado financeiro.

    O roteiro escrito a seis mãos por Jamie Linden, Alan DiFiore e Jim Kouf, envolve uma grande teia de situações que engloba policiais, a namorada de Kyle, a relação profissional de Lee com Patty, e abre espaço para nuances do empresário picareta e a diretora de comunicação de sua empresa, assim como o produtor do programa de Lee e seu fiel cameraman.

    Todos são apresentados com consistência e têm garantidos, cada um, sua importância na trama, sem que ela perca o rumo. Muito pelo contrário. Como disse antes, a trama mantém-se firme, com ritmo, expectativas, tensão e até bom humor.

    Mais Recentes

    Publicidade