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Críticas

O Senhor dos Anéis

Vencedor de 4 Oscars, o filme é a primeira parte da saga

Por Luiz Joaquim | 02.03.2018 (sexta-feira)

–Publicado originalmente em 28 de Dezembro de 2002 no site “Tô na Boa”

O que é a Sociedade do Anel? É a formação de nove companheiros unidos por um objetivo: levar um dos Anéis do Poder para a Fenda da Perdição e lá deixa-lo, para assim garantir o equilíbrio entre o bem o mal na Terra-Média (período supostamente situado a cerca de seis mil anos atrás). Esse é o mote de O Senhor dos Anéis – A Sociedade dos Anéis (The Lord of The Rings: The Fellowship of The Rings, EUA, 2001), primeiro longa de uma trilogia transposta para o cinema a partir do fenômeno literário escrito pelo inglês J.R.R. Tolkien na década de 50. O filme chega nesta terça (dia 1 de janeiro de 2002), em 450 salas espalhadas pelo País. As duas continuações (As Duas Torres e O Retorno do Rei) já estão prontas, mas ficam guardadas nos cofres da Warner para serem lançadas em dezembro de 2002 e 2003

A partir de elementos mitológicos da Europa, o filólogo Tolkien criou um universo único onde ‘hobbits’, ‘elfos’, ‘cavaleiros negros’, ‘orcs’, ‘magos’ e os ‘povos livres’ vivem em conflito em torno de um anel maligno cunhado por um tirano. No longa inaugural, quem comanda a saga é o hobbit (seres parecidos com os humanos, de pés peludos e com altura de até 1,20 metro) de nome Frodo (Elijah Wood). Ele é ora acompanhado, ora protegido, ora mencionado pelo mago Gandalf (Ian Mckellen), o hobbit Sam (Sean Astin) o humano Aragon (Viggo Mortensen) e o elfo Elrond (Hugo Weaving). Ainda no elenco, Ian Holm, Liv Tyler e Cate Blanchett. Quem comanda essas feras é o diretor neo-zeolandês Peter Jackson (do bom Almas Gêmeas).

A crítica mundial se divide em duas partes: uma afirma que o filme é um marco na história do cinema. A outra diz que nada passa de uma boa história fantástica de ação bombástica com elenco afiado e efeitos decentes. O certo é que O Senhor dos Anéis vem acompanhado pelo mesmo rolo compressor de marketing que há poucos dias trazia Harry Potter – não por acaso, outro filme adaptado da literatura, e que nos transporta para um mundo paralelo longe da atual realidade terrorista em terras norte-americana. Quando lançado há mais de 40 anos, o livro de Tolkien foi acusado de estimular o escapismo da realidade. Os tempos eram de guerra com inimigos bem definidos. Hoje, quando o inimigos não tem rosto, Hollywood dá graças a Deus por ainda restar histórias como as criadas por Tolkien para continuar tocando a máquina de produzir imagens.

Então, quem quiser visitar um cineminha nesses dias de reflexão e descanso para a alma vai ter de se contentar com os duendes da Xuxa, os bruxinhos de Potter e os hobbits da Terra-Média. E haja predisposição para presenciar tanta ‘magia’ !!!

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