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Reportagens

Cinemateca em chamas: o que perdemos?

Entenda o que foi perdido com o incêndio da Cinemateca Brasileira.

Por Luiz Joaquim | 30.07.2021 (sexta-feira)

De acordo com postagem da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA), os trabalhadores da Cinemateca Brasileira divulgaram hoje um documento sobre as perdas no incêndio de ontem (29).

Entenda:

“- Do acervo documental: grande parte dos arquivos de órgãos extintos do audiovisual, como parte do Arquivo Embrafilme – Empresa Brasileira de Filmes S.A. (1969 – 1990), parte do Arquivo do Instituto Nacional do Cinema – INC (1966 – 1975) e Concine – Conselho Nacional de Cinema (1976 – 1990), além de documentos de arquivo ainda em processo de incorporação. Para evitar que novas enchentes atingissem o acervo, parte desses materiais foi transferida do térreo para os depósitos climatizados no primeiro andar, principal área atingida pelo incêndio. Tal medida ocorreu após uma grave enchente em fevereiro de 2020. Parte do acervo de documentos oriundos do arquivo Tempo Glauber, do Rio de Janeiro, inclusive duplicatas da biblioteca de Glauber Rocha e documentos da própria instituição.

– Do acervo audiovisual: parte do acervo da distribuidora Pandora Filmes, de cópias de filmes brasileiros e estrangeiros em 35mm. Matrizes e cópias de cinejornais únicos, trailers, publicidade, filmes documentais, filmes de ficção, filmes domésticos, além de elementos complementares de matrizes de longas-metragens, todos estes potencialmente únicos. Essa parcela do acervo já havia sido parcialmente afetada pela enchente recente. Parte do acervo da ECA/USP – Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo da produção discente em 16mm e 35mm. Parte do acervo de vídeo do jornalista Goulart de Andrade.

– Do acervo de equipamentos e mobiliário de cinema, fotografia e processamento laboratorial: além do seu valor museológico, muitos desses objetos eram fundamentais para consertos de equipamentos em uso corrente, pois, para exibir ou mesmo duplicar materiais em película ou vídeo, é necessário maquinário já obsoleto e sem reposição no mercado”

Nota do editor: para além do detalhamento técnico do que foi perdido no incêndio, vale dizer que perdemos também a nós mesmos. Estamos perdendo um tanto de nossa identidade. Isso não tem preço.

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