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Entrevistas

Alfredo Bertini (Sec. do Audiovisual)

Economista pernambucano dá a primeira entrevista como Secretário do Audiovisual

Por Luiz Joaquim | 11.07.2016 (segunda-feira)

Na foto, Alfredo Bertini durante o Cine-PE 2016 (maio) em foto divulgação de Daniela Nader

 

05-jul-2016, às 10h05 (terça-feira)

LUIZ JOAQUIM

Completando pouco mais de um mês do anúncio de sua convocação em 31 de maio para assumir a Secretaria do Audiovisual (SAV), o economista pernambucano Alfredo Bertini, 55 anos – mais conhecido pela produção do Cine-PE: Festival do Audiovisual –, concedeu esta que é a sua primeira entrevista como gestor público vinculado ao Ministério da Cultura.

Numa conversa no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Recife, 40 minutos antes de embarcar na tarde de ontem (04/07) para Brasília, o secretário falou com exclusividade ao CinemaEscrito da motivação para aceitar o cargo, da política cultural com a qual pretende marcar sua administração, do necessário soerguimento da Cinemateca Brasileira e de projetos do CTAv, a retomada da Programadora Brasil e da revista Filme Cultura. Falou ainda da gestão do Cine-PE e de outros projetos a curto e longo prazo, além da polêmica sobre alguns profissionais da área, marcadamente em Pernambuco (com uma carta divulgada pela ABD-PE/Apeci em sua página no Facebook ), que julgaram sua indicação inadequada para o cargo. Acompanhe abaixo.

Como lhe chegou o convite para assumir a Secretaria do Audiovisual?

No domingo [29/05] à noite eu estava com Sandra [esposa de Bertini] no cinema. Fomos ver Jogo do dinheiro(*) e foi quando, durante a sessão, vi no silencioso uma chamada com o código 61 de um número que não conhecia. Desliguei o celular e ao chegar em casa, já depois das 22h, vi que havia umas 12 ligações não atendidas. Resolvi retornar e era o ministro [da Cultura, Marcelo Calero] perguntando se eu podia lhe ouvir por dez minutos. Ele já me fez o convite e lhe pedi para conversarmos, afinal de conta não nos conhecíamos, só tínhamos referências. Da minha parte eu sabia que ele fazia um bom trabalho como secretário de cultura do Rio [de Janeiro]. Pelo lado do audiovisual, tinha um trabalho articulado com a RioFilme (**), com a Mariana [Ribas], uma pessoa que eu conheço e, a propósito, está assumindo hoje [ontem, 04/07] a secretaria executiva do MinC. O ministro me conhecia de nome e tinha acompanhado uma passagem minha pelo Rio Content [Market](***), também já tinha lido parte de meu livro. Enfim, com a referência das pessoas do meio, em São Paulo e do Rio de Janeiro, tive certa segurança, mas ainda assim o convite foi uma surpresa.

(*) Filme de Jodie Foster, sobre um apresentador de tevê que dá dicas do mercado financeiro e é seqüestrado ao vivo.

(**) Instituição vinculada a prefeitura do RJ, que apóia o mercado exibidor, a formação de público, a produção local e o desenvolvimento do audiovisual no âmbito da capital do Rio de Janeiro

(***) O maior evento internacional na América Latina dedicado à negócios e conteúdos audiovisual multiplataforma.

E você tinha uma viagem marcada para São Paulo?

Sim. Eu pedi para conversarmos pessoalmente e tinha um compromisso em SP e RJ na quarta-feira [1º/06]. Então combinamos o encontro na terça-feira [31/05]. Ele me recebeu neste dia, o mesmo dia em que foi liberada a informação à imprensa do convite que eu recebera. Apesar da notícia ser divulgada antes mesmo da minha decisão, fiquei muito feliz pois houve uma empatia, uma sinergia muito grande. Ele me deu absoluta condições de trabalho, para pensar o audiovisual da maneira como ele entende ser bacana e como eu entendo que deva funcionar. Que eu poderia considerar aspectos básicos, como o respeito à pluralidade, a todas as tendências do audiovisual, aos aspectos de uma economia extremamente segmentada, que passa pela formação, produção e distribuição, entre outras.

E o que lhe levou a aceitar o cargo?

Confesso que estou extremamente motivado pela sintonia do pensar, minha e do ministro. Isso me deixou tranqüilo na forma de conduzir a secretaria daqui para frente. Ela deverá estar com uma outra função já nos próximos dias que em breve vocês da imprensa irão saber. Levei também em consideração os princípios que já falei aqui sobre liberdade de atuação em todos os segmentos dessa enorme cadeia do audiovisual. Acho que isso é uma boa oportunidade para pensarmos e aproveitar o ensejo, o momento, para criar políticas de audiovisual.

A propósito, já houve tempo, nesse período de um mês, para elaborar uma política de cultura mais específica para a Secretaria sob sua gestão? O que encampará como prioritário?

Já sim. Definimos algumas ações emergenciais. Algumas delas eu classifico como de “curto prazo” e outras de “longo prazo”. Considere essa diferença entre “curto” e “longo” a mudança de exercício fiscal, ou seja, o exercício de 2016 para 2017. Considero como de “curto prazo” ações que possam ser desenvolvidas até o último trimestre, e a “longo prazo” que começam a ser pensadas e trabalhadas no primeiro trimestre de 2017.

E quais seus primeiros movimentos como secretário? Quais os projetos mais urgentes?

Como ação emergencial, há uma preocupação com a Cinemateca [Brasileira], por problemas administrativos que aconteceram recentemente (*). Encontramos a Cinemateca numa gestão, digamos, provisória, que acho inclusive que foi uma saída inteligente para não deixá-la às moscas. Com a condenação da gestão anterior pelos órgãos de fiscalização, ela ainda ficou um tempo, até encontrar uma saída, num ponto de fragilidade muito grande. Essa saída foi encontrada através de um convênio com a Associação Roquette Pinto, que é ligada ao Ministério da Educação, e que garante, pelo menos, uma estabilidade mínima, básica, até o final do ano.

(*) Em fevereiro de 2013, a Cinemateca Brasileira, em São Paulo, sofreu um corte de 52% de um total de 124 funcionários, inviabilizando seu pleno funcionamento.

Qual seria, então, a ação imediata?

Revimos o edital anterior e fizemos um novo edital para que uma O.S. [Organização Social] faça uma gestão dentro daquilo que entendemos ser importante para uma unidade como a Cinemateca [Brasileira], que envolve muito conhecimento em preservação, muita técnica apurada.

É um edital que está próximo de ser divulgado?

Sim. Está próximo. Acredito que ainda nessa semana, chegando em Brasília, devemos dar os últimos retoques para liberá-la. Ainda assim, como temos um convênio em vigor até dezembro, é preciso obedecer a um ritual de contratação, com um tempo adequado para que não haja o risco de uma descontinuidade entre a passagem de um a outra. É evidente que algumas ações de emergências, que não serão contempladas até dezembro, deverão ser decididas numa reunião que terei com o ministro até quarta-feira (amanhã, 06/07).

Por exemplo?

Eu me refiro aqui a manutenção, a assistência técnica de equipamentos. O ministro esteve comigo numa visita na Cinemateca [Brasileira], na quarta-feira passada [29/06]. Participaram membros do conselho de lá, e ficamos muito preocupados com a situação de alguns equipamentos. Então vamos providenciar os instrumentos jurídicos, administrativos e financeiros que estejam ao nosso alcance para resolvermos essa situação de imediato. Uma outra ação emergencial é em função dos Jogos Olímpicos. A gestão passada da Secretaria [do Audiovisual, SAV] , deu início e vamos dar continuidade. Temos algumas mostras e ações a serem implementadas. Estive recentemente na Petrobras, que é onde foi negociado este apoio, e será uma prioridade nessa semana.

Até porque os Jogos Olímpicos estão bem próximos

Sim, o tempo é curto. E precisamos legendar esse material para garantir acessibilidade. Já havia um envolvimento da Secretaria com relação aos conteúdos, dos aplicativos, que já tiveram seus pagamentos cumpridos.

Pode adiantar alguma informação sobre esse material que está sendo trabalhado para as Olimpíadas?

Estamos definindo três mostras. Estou querendo garantir uma temática, pelo menos, que esteja voltada para a questão esportiva, naturalmente, e também uma curadoria específica voltada para a cultura carioca. Valorizando os realizadores cariocas. Na verdade vamos falar muito sobre o Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos.

Quais as outras ações que chama de “curto prazo”?

Estamos retomando alguns projetos que estavam parados. Vamos colocar num mesmo pacote uma ação que envolve os projetos da “Programadora Brasil” (*), do NPD (**) e a volta da [revista] “Filme Cultura” (***). Acho que não carece de grandes esforços de trabalho e financeiros. São ações possíveis. Vamos fazer isso de maneira rápida, talvez final de agosto, começo de setembro. Já colocar a “Programadora”, de volta. Distribuir o material respeitando as condições legais, de autoria e com um foco. Já que vamos distribuir para bibliotecas públicas, com o foco na educação, temos de ver que tipo de filmes irão formar o kit. É preciso ter uma ação de curadoria específica.

(*) A “Programadora Brasil” iniciou em 2007 o lançamento em DVD de filmes brasileiros licensiados para sessões sem fins lucrativos em pontos de exibição audiovisual a ela associados. O projeto foi interrompido em 2013.

(**) O Núcleo de Produção Digital apóia a produção audiovisual independente fornecendo equipamentos adequados (em comodato) e serviços técnicos especializados para promover a formação profissional e artísticos de técnicos e realizadores.

(***) A revista “Filme Cultura” é uma antológica e das mais importantes publicações do País sobre audiovisual. Foi uma referência entre 1966 e 1988. Voltou a ser publicada em 2010 pelas mãos de Gustavo Dahl (1938-2011), então gerente do CTAv. Teve sua publicação novamente interrompida em janeiro de 2014..

Material é o que não falta para trabalhar com a “Programadora Brasil”.

São aproximadamente 950 títulos. É um acervo estupendo. Segundo informações que a equipe me passou, ainda temos entre 30 a 40% desse total licenciados. Isso dá uma tranquilidade. Mas também não acredito que teremos grandes dificuldades se isso for lançado para a área educacional. Devemos montar uma grande parceria com o Ministério da Educação, contemplando uma parte de suas bibliotecas, além das vinculadas ao MinC. Pela rede da logística de entrega de livros didáticos do Min. da Educação, poderíamos também aproveitar para fazer a entrega do material da “Programadora”.

Quando acredita poder desencadear esse processo?

Já tenho um Grupo de Trabalho para, quem sabe, até o final de agosto, dar o início nesse processo. A ideia é fazer um lançamento em conjunto com o Min. da Educação. E esta ação, para a “Programadora”, poderá ser casada com as ações que pensamos para os NPDs. Já que aqui vamos trabalhar numa órbita cujo núcleo é a biblioteca e escolas, vamos estimular que as NPDs funcionem em conjunto com a “Programadora” para, ao mesmo tempo, prepararmos os estudantes no uso de equipamento audiovisual e estimulando-os a verem um produto brasileiro. Eu diria que isto é, na nossa visão, o “Canal da Cultura” – que também foi uma prioridade da gestão passada, mas agora temos uma inversão de valores. Não como um canal de televisão, e sim como um projeto de banda larga, na web. Quem sabe teremos no futuro um canal streaming com esses produtos para a rede de ensino. Isso é o mais lógico a fazer. È o raciocínio que defendo, com menos investimento do que seria para a tevê, e talvez com maior alcance.

E sobre a revista “Filme Cultura”?

Numa forma de respeito e belo trabalho feito por Gustavo Dahl, acho que podemos voltar com ela, mas num formato menos “gráfico” e mais “web”. Temos recursos para fazermos um material também gráfico, mas com edições limitadas. Só que devemos tornar a revista com uma freqüência maior na web. Já pensei em dois temas para propor aos dois próximos números. Um seria sobre o cinema para o público infanto-juvenil, porque quero investigar quais os embaraços, dificuldades, facilidades, o que falta pra gente ter esse nicho do mercado ao nosso alcance. A segunda provocação é sobre o Video On Demand (VOD). A Ancine [Agência Nacional do Cinema] está por regular esse mercado. E queremos provocar opiniões técnicas sobre esse ponto. Tudo isso com o propósito de nos ajudar nas formulações das políticas.

Quando pretende convocar a feitura dos textos para a revista?

Já nós próximos dias. Gostaria de aproveitar alguns festivais, talvez o de Brasília [em setembro], para estimular textos para o tema do VOD. A propósito, estou tentando articular um apoio com o GDF [Governo do Distrito Federal] para fazermos também seminários dentro do festival de lá. Espero inclusive no Festival de Brasília já termos os textos da primeira nova edição da “Filme Cultura”. Mas esta edição da revista impressa deverá ser lançada em outubro ou novembro. Esse calendário está sendo discutido internamente, mas acredito que em 15 dias deveremos detalhar publicamente, no site do Ministério e em notas nas redes sociais.

Há algum projeto pessoal, novo, que acredita ser importante e que gostaria de implantar a partir da SAV?

Quero ainda nesse ano desencadear o processo de estudo sobre o perfil do consumo audiovisual. Este será um estudo acadêmico que irá envolver universidades federais ou órgãos federais. Por que? Este ano damos continuidade aos editais de B.O. de filmes de ficção, da diversidade, e de filmes infantis, sem alterações das versões anteriores. Mas deveremos promover no ano que vem um edital para filmes infanto-juvenis. Só que não tenho segurança por não saber o perfil de consumo. O que o adolescente quer? Ele quer filme, quer game, série para tevê, animação, ou tudo isso? Então, uma pesquisa científica nesse sentido iria ajudar, nos fundamentando com dados e pesquisa de campo. É um estudo inédito, grande e delicado. Nosso setor é complexo e eu gostaria de contemplar todos os seguimentos de consumo. Na área de cinema: festivais e salas de exibições, considerando aqui as salas comerciais, as independentes e os cineclubes, desde que cadastrados. Na tevê, o espaço é gigante, e depois disso o VOD. Tenho conversado com colegas economistas das universidades do Rio Grande do Sul, da Universidade de São Paulo, da Federal de Pernambuco, da Federal de Amazonas. E aí estipulamos que um trabalho como esse possa levar dois anos, se houver um calendário orçamentário a contento, e funcionando de forma regular. E dentro da ideia de um projeto nacional, andei conversando sobre a possibilidade de trabalharmos uma universidade escolhida em cada uma das cinco regiões do País que seria responsável pela pesquisa de sua área geográfica. Acredito que até dezembro podemos desencadear este projeto.

Quais seriam as ações a “longo prazo?”

Quero buscar alternativas de preparação técnica em algumas escolas no exterior. Devo ter reunião com dois embaixadores e quero buscar parcerias, devidamente assinadas pelo nosso ministro das Relações Exteriores e o ministro da Cultura, com escolas lá fora que pudessem permitir talvez um intercâmbio, não sei ainda, mas talvez até com bolsa do CNPq. Na visita que fiz a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), para uma reunião que tive [dia 1º./07] com Luiz Otávio [Cavalcanti, presidente da Fundaj], discutimos uma parceria nesse sentido, pela importância da Fundação no Norte e Nordeste, com o Canne (*), e também por Luiz Otávio ser um homem que há 15 anos trabalha com educação. O Canne, a propósito, tem um convênio conosco que vence em fevereiro [2017] e vamos renová-lo pensando num novo equipamento, considerando que o equipamento analógico tornou-se obsoleto. Uma outra ação a longo prazo é uma gradativa recuperação da governança da SAV no que diz respeito à política audiovisual. Hoje, praticamente, isto está muito concentrado na Ancine.

(*) Centro Audiovisual do Norte-Nordeste, sediado na Fundaj.

Este é um assunto bem delicado.

Sim, mas há incongruências, inclusive uma importante discussão sobre a destinação dos recursos do Fundo Setorial (FS). Porque, se estou preocupado com recursos para a preservação, onde defendo a ideia da institucionalização da Cinemateca [Brasileira], e do CTAv, é preciso que tenha pra isto a garantia segura de uma fonte da receita. E acho que temos de abrir uma discussão no Fundo Setorial para que a formação e preservação sejam contemplados com recursos do próprio FS, o que daria a definitiva vida, autonomia de gestão para a Cinemateca [Brasileira] e o CTAv. Quando falo de “governança”, falo em discutir a aplicação do FS pois, sendo um recurso gerado pelo próprio setor, ele tem, portanto, de atender a toda a cadeia produtiva do setor. Se pegarmos os documentos originais que falam que 15% do FS deveriam ser destinados para preservação e formação, e isso nunca se cumpriu, por que não começarmos a pensar em utilizar 5% ou 7% ou 10% na produção, distribuição, formação, preservação, ou dar condições de empreendedorismo às produtoras. Quero pôr essas idéias em discussão.

Como ficará a gestão do Cine-PE para 2017, considerando seu atual vínculo a um órgão público?

Não há nenhuma incongruência. Já saí da BPE (*). Não faço mais parte da estrutura. Hoje ela é uma M.E.(**). E Sandra [esposa de Bertini] é a responsável direta pelo festival. Uma segunda coisa: eu sou efêmero no poder público e o festival é um evento de continuidade. Existe há 20 anos e poderá existir por mais 20, ou 40 anos.

(*) Bertini Produções e Eventos Culturais, a empresa que produz o Cine-PE: Festival do Audiovisual..

(**) Uma Microempresa, um empreendimento que visa lucro e apresenta faturamento anual de até R$ 360 mil.

Ainda que legalmente esteja tudo correto, lhe incomodaria a possibilidade de alguém sugerir que essa configuração não é algo interessante?

Eu tenho que me amparar nas questões legais. Acho que esse é um projeto [o festival] que, tem sua propriedade, mas é um projeto de interesse público, de continuidade, etc. Vamos ser concreto e direto: eu acho que seria um absurdo e geraria uma discussão e questionamento se eu desse uma canetada. Só que não há sentido em fazer isso. E a tramitação do projeto “Cine-PE” não ganhará minha assinatura se depender dela para existir. Pode ter a do ministro, mas não a minha, por uma questão ética. E o festival não deverá a partir de agora captar R$ 5 milhões, R$ 10 milhões. Já se for mantida uma média de recursos dentro do parâmetro de todo o histórico do festival, não vejo nenhum problema. Vou simplesmente me manter ausente. A propósito, o Cine-PE deve receber em breve uma homenagem pelos seus 20 anos e certamente não terá minha presença. Talvez esteja, no máximo, na platéia aplaudindo. Essa situação já aconteceu quando estive na prefeitura [do Recife](*). E a prefeitura era patrocinadora direta do festival, diferente do MinC., que trabalha com Lei de Incentivo, não oferecendo verba direta. É uma verba que você vai buscar no mercado.

(*) Bertini foi secretário de Turismo e Esportes, em 2004 e 2005, da capital pernambucana.

E o que diria àqueles que julgam sua indicação como inadequada ao cargo?

Eu não quero tocar nesse assunto. Prefiro responder trabalhando. É a melhor maneira possível. Dizendo as pessoa que, mais do que nunca, por estar numa função pública, estou inteiramente aberto para colaborar. Vou atender a todos, dentro da cadeia do audiovisual, porque a função pública exige isso. E com relação à Pernambuco posso dizer que fui eu quem tomou a iniciativa de procurar a Fundaj, querendo promover parcerias dentro de uma política, claro, de possibilidades. Estou extremamente motivado, acho sim que posso contribuir, senti essa traquilidade por parte do Ministério, e se houve uma reação negativa aqui [em Pernambuco], houve reações positivas no resto do Brasil, o que me deixa numa expectativa muito grande porque as pessoas esperam muito. Então, dentro da minha capacidade espero atender a todos, inclusive aqui [em Pernambuco], sem entrar em personalismos, pois isso não acrescenta em nada. Essa é a melhor resposta.

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