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Críticas

Edukators

Há uma mensagem neste filme.

Por Luiz Joaquim | 19.11.2018 (segunda-feira)

– Publicado originalmente em 15 de Novembro de 2004 no Jornal Folha de Pernambuco.

Edukators (Alemanha/Áustria, 2004), o discurso no filme grita tão alto que às vezes o espectador pode pensar estar diante de uma ilustração com cabeças falantes tratando sobre a indecência contida nas possibilidades do capitalismo. Apesar do tema árido, não é com secura que o filme de Hans Weingartner corre. A fluidez é fácil e chega doce aos olhos da platéia que certamente se envolve com o furor juvenil, pueril e apaixonado do trio protagonista.

Eles são Jan (Daniel Brühl, de Adeus, Lênin!), o amigo Peter (Stipe Erceg) e a namorada deste último, Jule (Julia Jentsch). Os rapazes se intitulam ‘Os Educadores’. Eles, secreta e discretamente, invadem mansões milionárias, bagunçam tudo e nunca roubam nada para, no final, deixar um recado aos proprietários dizendo que “seus dias de fartura estão contados” ou “você tem muito dinheiro”.

Numa ocasião, Jan também participa de uma ‘operação’ mas um problema coloca os três ‘educadores’ frente a frente com o dono da casa e os quatro, empresário e educadores, são obrigados a rever os valores, respectivamente, perdidos e que desejam para si no futuro.

Presente na seleção oficial de Cannes em 2004, Edukators é um filme sobre política numa esfera privada. E não para aí, pois começa a jogar luz também sobre um triangulo amoroso prestes a despedaçar. Aos jogar os dois assuntos na mesma caldeira, e com a mesma intensidade, este filme de Weingartner faz surgir uma alegoria perfeita sobre paixões, sejam elas quais forem.

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