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Festivais

14º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, 2007 (3)

“Bang Bang” exibe em Cuiabá

Por Luiz Joaquim | 31.05.2007 (quinta-feira)

Cuiabá (MT) – O clássico “Bang Bang”, de Andrea Tonacci, foi o primeiro filme inédito da sessão da terça no 14º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, a última dos filmes da mostra competititva. Rodada em 1970, a produção é uma experiência radical de cinema e exige do espectador uma total reeducação do olhar, pois os longos planos-sequência que compõem o filme se recusam a oferecer respostas fáceis ou mesmo contra uma história de forma linear, “esvaziando o sentido da imagem”, segundo o diretor. A noite também deu espaço à animação pernambucana “Na Corda Bamba”, de Marcos Buccini. A depender da recepção calorosa do público, não haverá tanta surpresa se o curta receber alguma premiação do júri popular. Outro filme que os espectadores adoraram foi “Wood & Stock”, de Otto Guerra, longa exibido no Cine PE do ano passado.

A noite contou com apenas dois vídeos mato-grossenses, “Consequências” e “Banheiros, Bosques e Afins”. Este último forma, junto com “Primeira Vez” (SP) e “Fabricação Própria: a Desordem do Desejo” (SP), um pequeno bloco sobre a sexualidade humana vista de forma mais realista, seja sob a visão homoerótica ou heterossexual. O bom curta boliviano “Amalia”, sobre a história da menina que sucumbe ao “canto da sereia” da imigração para os Estados Unidos, reafirma uma revelação no cinema daquele país: o diretor de fotografia Guillermo Medrano. “A Plenos Pulmões” (SP) mostra quem é quem no famoso Minhocão, em São Paulo, área degradada do centro da cidade que fervilha de vida e atividade.

“Quando o Tempo Cair”, de Selton Mello, tem como personagem principal o ator Jorge Loredo, mostrando que é uma pena sua carreira ser conhecida apenas pelo personagem Zé Bonitinho. Em seu primeiro curta como diretor, Selton mostra talento em contar a história de Ivan, um pai e avô que tenta ir à luta para preservar sua família, mas encontra a idade como obstáculo. A decepção da noite foi a não-exibição de “Baixio das Bestas”, pois o filme e a atriz que o representaria, Mariah Teixeira, não chegaram a tempo. A produção do longa levou um pito público da organização do festival e a película foi rebaixada da mostra competitva para a sessão de reprises do dia seguinte.

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