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Críticas

A Duquesa

Algumas palavras sobre a duquesa de Devonshire no séc. 18

Por Luiz Joaquim | 21.11.2008 (sexta-feira)

Uma dos aspectos que torna interessante ver filmes como “A Duquesa” (The Duchess, Ing., 2008), de Saul Dibb, sobre a nobreza britânica no século 18 – aqui em particular a vida de Georgina (1757-1806), a duquesa de Devonshire – é enxergar o comportamento hoje atribuídos a homens conservadores num supostamente refinado Duque inglês (Ralph Fiennes). Ainda como fator atração, há a tradicional (em filmes de época) pompa do figurino, da locação em castelos e dos costumes da sociedade real, que este filme, baseado na biografia de Georgina feita por Jeffrey Hatcher e Amanda Foreman, cumpre bem.

Uma breve história sobre Georgina (Keira Knightley) conta que ela, ainda adolescente, casou-se com o Duque William por um acerto social e, dentro do casamento, descobriu ser apenas uma máquina para gerar o herdeiro masculino de William, que a traía com as empregadas do castelo.

“A Duquesa” acentua todas os martírios pelo qual Georgina passou após o nascimento de duas meninas e mais duas gestações natimortas, e ainda o abrigo forçado da amante do Duque sob o mesmo teto. Espectadoras do filme deverão ter o sangue fervendo ao ver, cada vez mais, a moça ter de se submeter às ordens de seu dono, numa humilhação que parece atingir todas as fragilidades de uma mulher. A obra também ressalta a altivez da duquesa diante da sociedade britânica. Sempre elegante e atuante politicamente, era um exemplo de mulher de vanguarda, pelo menos às vistas da sociedade.

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