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Vem por aí

Câmera clara 222

Por Luiz Joaquim | 08.11.2010 (segunda-feira)

Grandes festivais significam também distribuidores atentos para comprar a apontar filmes que farão a cabeça do público nos meses seguintes. Da 34ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (encerrada quinta-feira) já dá para apontar, por exemplo, alguns títulos e suas agendas. A brincadeira de Robert Rodriguez e Ethan Maniquis, “Machete”, por exemplo, estreia nesta sexta-feira (12), assim como o américano “Minhas Mães e Meu Pai” com Annette Bening, Julianne Moore e Mark Ruffalo. Na semana posterior (26), teremos o novo Woody Allen, “Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos”, além de “Lope”, do Andrucha Waddington, e da animação “O Mágico”, com o mesmo pessoal competente de “As Bicicletas de Belleville”. Dia 3 de dezembro, entram em cartaz a nova provocação de Godard, “Film Socialisme”, e “O Garoto de Liverpool”, sobre os dias de John Lennon antes de se tornar famoso; já dia 10 de dezembro, “A Última Estação”, de Michael Hoffman. Iniciam 2011 o francês “Turnê” (28/01), assim como o badalado “Um Lugar Qualquer”, de Sofia Coppola. Dia 18 de janeiro, entram o brasileiro “Brodér”, de Jeferson De, e “Cópia Fiel”, de iraniano Abbas Kiarostami. Dia 25 de março é a vez do “VIPs”, em que Wagner Moura faz humor com as celebridades; e dia 2 de abril teremos o oriental “Poesia”, de Lee Chang-Dong. Importante considerar que estas datas vislumbram São Paulo e Rio de Janeiro. Para Recife, é saudável entender que nem todos encontrarão espaço para exibir nas respectivas datas.

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PARKER
Em entrevista coletiva na 34ª Mostra de SP, Alan Parker falou sobre seu depoimento a respeito de hoje filmar pouco: “É que comecei a fazer filmes muito jovem, aos 24. São 30 anos de carreira. E só fazia isso, filmar, filmar, filmar. Lembrei que tenho uma vida também. Hoje gosto de ser pago para fazer roteiros. Certa vez peguei um táxi e o motorista me perguntou: ‘você não era o Alan Parker?’.”

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PARKER 2
E hoje seria possível fazer um filme como “O Expresso da Meia-Noite”?: “Não, ele seria muito diferente. E é um tipo de filme que os estúdios americanos não estão interessados. A situação política mundial hoje também não ajuda”, explicou.

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MICHEL CIMENT
Como júri da 34ª Mostra de SP, o crítico de cinema e editor da revista francesa Positif, Michel Ciment, foi perguntado sobre sua participação no documentário “Crítico”, de Kleber Mendonça Filho, quando fala de sua relação com Glauber Rocha. Ele disse: “Não vi e não conheço esse documentário, mas fui amigo de Glauber sim. Ao final da carreira ele se perdeu no esnobismo. Ainda assim, trocávamos cartas amáveis, mesmo sem ele entender porque eu não gostava de seus últimos trabalhos”.

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PÚBLICO
Há uma diversidade impressionante de pessoas que vão a Mostra de SP. Entre o público casual, acidental e o conhecedor e cinéfilo, encontramos a senhora Maria Fernanda. A sexagenária aposentada é carioca, mora no Rio de Janeiro e, conversando com a reportagem da Folha, disse que após sua aposentadoria passou a acompanhar religiosamente, desde 1996, o Festival do Rio e a Mostra de São Paulo, cidade para onde se muda apenas para acompanhar o máximo de filmes que consegue. Seu conhecimento sobre cinema é impressionante, deixando muito professional da área no

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