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Festivais

44ª Mostra de SP (2020) – Limiar

Uma interrelação com o espectador através do visual e não de um contexto estrutural

Por Celso Marconi | 02.11.2020 (segunda-feira)

Limiar (Threshold, Arm., Tur., Geo., Can., 2020), de Rouzbeh Akhbari e Felix Kalmenson. 64 min. 14 anos. Novos Diretores.

Esse filme, Limiar, não deveria participar desta 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, mas sim de alguma outra mostra de artes visuais, pois o que ele pretende é uma interrelação com o espectador através do visual e não de um contexto estrutural. Cinema tem que ter outras formas de diálogo.

Os realizadores Rouzbeh Akhbari e Felix Kalmenson fazem fora do filme uma preleção de dez minutos falando acerca do trabalho deles e realmente explicando que são artistas visuais. Esse filme se passa na Armênia, mas na ficha técnica não consta o país de produção. Certamente porque esses dois artistas abriram mão de nacionalidade e trabalham onde houver condições.

Dito isto o mais importante é que o filme como obra plástica não me tocou. A região da Armênia em si mesma não é arte e eles filmam numa constante, mas a beleza da imagem não consegue emocionar. É uma coisa sem tempo. Não conseguem criar uma dimensão poética. Fica uma espécie de continuidade pela mesma imagem e, embora presente, não tem a força que a arte exige.

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