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Etiqueta? educação?

Câmera clara 88

Por Luiz Joaquim | 30.11.2007 (sexta-feira)

Na sessão das 19h05 da última quinta-feira tivemos a oportunidade de ver na sala 7 do UCI/Ribeiro do Shopping Recife o mais recente trabalho de Hector Babenco “O Passado”, estrelado pelo galã mexicano Gael Garcia Bernal. Apesar das diversas (boas) sugestões de reflexão lançadas por Babenco sobre o início e o fim de relacionamentos amorosos, sobre o indecifrável dispositivo que move a paixão feminina e sobre os limites entre a dependência sentimental entre os casais… apesar destes tantos aspectos ricos para desdobrar numa análise o foco aqui nesta coluna será o público e não o filme em si. “O Passado” é recheado de seqüências onde a narrativa pula no tempo sem aviso prévio, além de um conjunto de cenas de nudismo e/ou sexo que estão lá por razões estritamente contextualizadas. Apesar de toda coerência cinematográfica dentro da proposta poética na obra, a platéia reagia como se estivesse esperando encontrar ali a lógica de uma novela das oito. Cada cena de uma mulher sem roupa, ou de uma relação sexual, despertava muxoxo, risadinhas e gargalhadas ora constrangidas, ora galhofeiras. Uma pena pois uma “performance” assim da platéia perturba a percepção sobre o filme e só reforça a impressão de que a massa que vai aos multiplex ou não tem preparo para enxergar algo além do óbvio, em termos cinematográficos, ou simplesmente tem dificuldade para compartilhar uma experiência coletiva respeitando os desconhecidos ao seu lado.

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Voz do povo
O crítico Marcelo Lyra comentou em ótima resenha as famigeradas vaias no último Festival de Brasília a respeito da projeção de “Cleópatra”, de Júlio Bressane por ocasião da exibição e premiação por lá. Lyra comenta que é legítimo vaiar uma obra, se ela não apetece ao gosto do público, mas vaiar uma premiação é no mínimo desrespeitoso com o realizador, uma vez que a decisão do prêmio é do júri e não do cineasta. Para ler o texto completo, é só acessar (www.cinequanon.art.br)

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Jabor
Muitos acham que Arnaldo Jabor é apenas aquele cronista ácido do rádio, jornal e TV, e não sabem que até 1986 ele foi um talentoso e ativo cineasta, premiado e respeitado. Jabor tem um novo projeto para o cinema, chama-se: “A Suprema Felicidade”. No último ShowBuzios, evento realizado entre 22 e 23 de novembro no Rio de Janeiro – mais direcionado à distribuição de filmes – estimou-se que se Jabor fosse fazer hoje um de seus sucessos, “Toda Nudez Será Castigada”, “Eu Te Amo”, “Eu Sei que Vou te Amar”, precisaria de US$ 55 milhões.

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