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Distribuição digital

Câmera clara 103

Por Luiz Joaquim | 24.03.2008 (segunda-feira)

Numa conversa com o cineasta José Mariani, diretor de “O Longo Amanhecer – Uma Cinebiografia de Celso Furtado”, que está sendo lançado em projeção digital primeiro no Nordeste e depois no resto do país, veio a reflexão sobre como esse processo de distribuição, para cinema digital no Brasil, ainda é principiante em termos mercadológicos. Há no país apenas uma empresa intermediadora para o processo, que se insere entre o exibidor e o distribuidor. Assim, sem concorrência, o produtor da obra, caso queira lançar seu filme no formato digital, precisa se submeter às regras da tal empresa. Outra questão curiosa aqui, o equipamento de projeção digital é em média 1/5 mais barato (ou menos) que um equipamento de projeção para 35mm. A princípio, o baixo custo deveria viabilizar a instalação de várias salas com projeção digital em regiões onde não existem cinemas. Poderia funcionar finalmente como uma democratização do cinema para todas as regiões do país. Mas isso não acontece ainda. A cultura da projeção digital ainda é elitista. Aqui o problema é não só cultural mas também econômico. O formato 35mm é responsável por um número grande de geração de emprego e circulação financeira (desde o transporte das filmes em película até a revelação destes pelos laboratórios). Na realidade, apenas poucos países assumiram com consistência a projeção digital. Um deles é a Holanda, que já possui projetores digitais em todas as suas salas de cinema.

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Animação
Estão abertas as inscrições (gratuitas) para o ciclo de palestras “Computação Gráfica e o Mercado de Entretenimento”, que acontece nesta quarta-feira (26), das 8h às 12h, na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no Derby. Inscrições pelo fone 3465.7264 ou (eventos@aisinfomatica.com.br). O objetivo é discutir o uso intensivo da computação gráfica no mercado de games, animação, cinema e na formação de mão-de-obra qualificada.

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Oscar Brasil
Conhecido como o “Oscar Brasileiro”, a edição 2008 do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro (agora com patrocínio master da telefônica Vivo) acontece daqui a 23 dias (15/04), às 20h, no Rio de Janeiro. Organizado pela Academia Brasileira de Cinema, vai contemplar 23 categorias do cinema nacional com o troféu Grane Othelo. Concorrem os filmes lançados comercialmente entre 1° de julho de 2006 e 31 de dezembro de 2007. Entre os cinco filmes que concorrem ao prêmio de melhor ficção, estão, direta ou indiretamente, três pernambucanos: Cláudio Assis, por “Baixio das Bestas” (foto), Heitor Dhalia, por “O Cheiro do Ralo”, e Hermila Guedes, por “O Céu de Suely”. Evento será exibido pelo Canal Brasil.

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Melodrama
Às 19h de amanhã, o Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPE oferece, em seu auditório, uma palestra com Mariana Baltar, doutora em comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Ela vai falar sobre “Realidade Lacrimosa – documentário e melodrama em narrativas contemporâneas”, enfocando documentários como “Ônibus 174” (José Padilha), “Um Passaporte Húngaro” (Sandra Kogut) e “Edifício Máster” e “Peões” (ambos de Eduardo Coutinho).

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