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Críticas

Cada um com Seu Cinema

Ode às salas de cinema

Por Luiz Joaquim | 06.06.2008 (sexta-feira)

É claro que um filme coletivo não agrada totalmente, e não é diferente com “Cada um Com Seu Cinema” (Chacun Son Cinéma, 2007), entrando em cartaz hoje no Cinema da Fundação. O problema, entretanto, não o torna menos interessante. A produção surgiu de uma iniciativa do Festival de Cannes quando, ano passado, comemorava 60 anos. A idéia era fazer uma obra coletiva com realizadores que o próprio festival já destacará para o mundo ao longo dos anos. E nesse time heterogêneo estão tanto veteranos como Manoel de Oliveira ou Youssef Chahine, quanto os jovem Walter Salles e Iñárritu.

Cada um (são 34), tinham três minutos para expressar algum tipo de relação com a essência de filmes numa sala de cinema, ou seja, no lugar correto para isso. Daí, temos visões tão íntimas (Tsai Ming-Liang, Chahine), quanto sociais (Ken Loache) ou políticas (Win Wender), ou mesmo ensaios estéticos (Wong Kar-Wai, David Lynch), e até piadísticas (Lars Von Trier, Polanski), entre outras.

Aos cinéfilos, o interessante é perceber como a assinatura de alguns autores é claramente identificável. Para um olho treinado, é possível em apenas 15 segundos identificar quem dirige o episódio. Na eleição dos inesquecíveis, os canadenses David Cronenberg (“O Suicídio do Último Judeu no Último Cinema do Mundo”) e Aton Egoyan saíram campeões. Deram uma aula de como abrir um universo de possibilidades interpretativa para uma informação simples, com imagens seqüênciadas e bons diálogos. Assim como o dos irmãos Dardenne (“Na Obscuridade”), também um primor de simplicidade é competência.

Delas
Um outra estréia esperada, sendo nos multiplex, é “Sexy And The City – O Filme”, pelo qual as inúmeras fãs da série televisiva poderão rever as “amigas” Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda.

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