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Críticas

A Ilha da Imaginação

Meninas encaram seus medos

Por Luiz Joaquim | 18.07.2008 (sexta-feira)

Em “A Ilha da Imaginação” (Nim’s Island, EUA, 2008), a dupla de diretores Jennifer Flackett e Mark Levin provam que sim, é possível realizar um filme infantil, política e ecologiamente correto sem ser idiota ou chato. Apesar do bem delineado discurso pro-mulher na enredo, isso também não interfere no resultado final desta historinha divertida e “com muita confusão para a garotada” como só os melhores títulos da Sessão da Tarde podem oferecer (isso é um elogio).

Senão vejamos: Nim (o gracinha Abigail Breslin, de “A Pequena Miss Sunshine”) aos 11 anos vive sozinha e feliz numa ilha no sul do pacífico inteira para ela, seu pai – o cientista Jack (Gerard Butler), seu leão-marinho Selkie, o largato Fred e o pelicano Galileo. Os dois humanos da história se isolaram ali após a morte da mãe de Nim, um oceanógrafa engolida por uma baleia, aqui contada de fórma lúdica pela memória da menina e ilustrada via animação.

Fã dos livros do heroi Alex Rover – uma espécie de Indiana Jones criado pela escritora Alexandra Rover (Jodie Foster no formato Didi Mocó) -, a menina se vê sozinha quando seu pai sai para alto-mar em busca de um plâncton raro. Tentando se manter segura enquanto o pai não chega, ela faz a escritora sair de São Francisco para ajudá-la a manter a ilha em paz. O conflito aqui habita no fato de Alexandra ser uma agorafóbica, ou seja, ela tem um medo patológico de sair para a rua.

Em síntese, “A Ilha da Imaginação” é um conto leve e divertido sobre superação, cujos protagonistas são mulheres, uma na infância e outra na vida adulta, e que juntas reunem forças dando bom exemplo. Recomendável.

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