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Críticas

Funny Games U. S.

Para gringo ver

Por Luiz Joaquim | 31.10.2008 (sexta-feira)

A atriz Naomi Watts (de “King Kong”, 2005) deve ter ficado realmente impressionada ao assistir “Violência Gratuita” (Funny Games), dirigido em 1997 pelo europeu Michael Haneke. Pois é ela o nome por trás da produção realizada em 2007, em cartaz hoje no Cinema da Fundação, de um refilmagem feita nos EUA e dirigida pelo próprio Haneke.

Não é para menos que a atriz – na nova versão atuando como a dona de casa Ann – ficasse impressionada com essa pérola do suspense e tensão dos anos 1990. Foi com o filme que Haneke ganhou visibilidade mundial, confirmando nos trabalhos seguintes (“Código Desconhecido”, “A Professa de Piano”, “Caché”) ser um dos melhores diretores de cinema em atividade na Europa.

A trama, conduzida com perturbadora maestria na dosagem de tensão, conta a história de Ann, seu marido (Tim Roth), e seu filho pequeno em veraneio numa casa isolado do mundo. Lá, surgem dois rapazes (Michael Pitt e Brady Cobert) com caras de anjo e uma polidez britânica, que começam a massacrar a família com uma tortura psicológica insuportável às vezes até para o próprio espectador. “Eu aposto que vocês estarão mortos em 12 horas”, diz Pitt com seu sorriso sedutor.

A imprensa especializada vem questionando a realização hoje de “Funny Games”, quase como uma fotocópia colorida e em movimento da primeira versão. Em função do bombardeio de violência gratuita que temos visto na TV é verdade que o impacto da maldade que está no filme hoje é menor que há 10 anos. De qualquer forma é sempre interessante ver um maestro como Haneke conduzido sua batuta e dosando tensão na veia de sua platéia como uma droga potente.

SAW
Nos multiplex, a única estréia é o resgate da franquia “Jogos Mortais” (Saw), que chega a sua quinta edição. Agora, Hoffman (o ator Costas Mandylor, do filme anterior) é aparentemente a última pessoa viva a conhecer o legado do maníaco Jig Saw. Mas quando seu segredo está sendo ameaçado, ele começa a caçar quem lhe atrapalha. Vá se tiver coragem.

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