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A meia-entrada

Câmera clara 127

Por Luiz Joaquim | 29.12.2008 (segunda-feira)

Revendo um material de arquivo particular, encontramos uma matéria esrita por Fernando Spencer em que o crítico passava em revista o ano de 1988. A certa altura do texto, o jornalista defendia a prática da meia-enrtada para “estudantes e crianças” em função de aquecer a freqüência de público às salas de cinema, que estava em queda naquele ano. “É preciso formar platéias”, dizia ele. A prática (e a lei) da meia-entrada pegou no Brasil (e só aqui) e contempla também maiores de 60 anos. Spencer estava correto quando pensava no estímulo aos jovens através do ingresso barato, só não imaginava que a tal promoção viraria uma armadilha contra os que estivessem fora dela (ou seja, menores de 60 anos, não-estudantes). A obrigatoriedade da meia-entrada deixou os grandes exibidores livres para aumentar o valor do ingresso só para que a tal da meia-entrada – que atinge a maior percentagem do grupo frequentador dos multiplex – ficasse com uma valor significante para os exibidores. O problema é que a entrada ‘inteira’ ganhou uma proporção muito alta. Seria muito arriscado dizer que a extinção da meia-entrada seria algo positivo pelo simples raciocínio que não teria sentido os exibidores manter o preço do ingresso único como é hoje (16 reais no Recife). Sem meia-entrada, o ingresso único poderia baixar para 12 reais, equilibrando as contas do exibidor e estimulando alguns adultos que hoje não vão aos cinema pelo alto preço do ingresso ‘inteira’. O assunto é polêmico, mas estimulante.

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Ledger
A morte do ator australiano Heath Ledger em 22 de janeiro, aos 28 anos, foi definido pelos jornalistas e editores nos EUA como a maior história de 2008 na indústria do entretenimento. O número dois da lista foi o fim da greve dos roteiristas de Hollywood em fevereiro. Em terceiro, o sucesso de bilheteria de “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, que vendeu cerca de um bilhão de ingressos pelo mundo

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Terror em 3D
A produtora Lionsgate planeja lançar o terror “My Blood Valentine 3D” em janeiro nos EUA, e em março no Brasil. Fazendo isso, será a primeiro refilmagem de terror em três dimensões a ser lançado nos cinemas norte-americanos em 20 anos. Numa entrevista ao The New York Times, um representante da Lionsgate disse que via “o terror em 3D de forma financeiramente lucrativa e excitante no quesito criativo… Queremos quebrar algumas normas aqui neste filme que terá classificação 18 anos”. A Lionsgate disse ainde que deve lançar o filme por lá em 900 telas com projeção digital (número mediano para os padrões deles) e em outras 1600 com projeção convencional.

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MAMMA MIA!
Meryl Streep (na foto) foi acusada por executivos por estimular a ida de mulheres às salas de cinema enquanto falhou no alvo com o público jovem masculino. Streep disse que a Universal está surpresa com o enorme sucesso de “Mamma Mia!”. “Porque eles ficaram surpresos?”, ela perguntou metaforicamente, e respondeu “Porque eles são homens. Não que tenha nada de errado com eles”. O filme, que arrecadou 567 milhões de dólares de bilheteria no mundo ficou em segundo lugar no ano, só perdendo para “Batman – O Cavaleiro das Trevas” (996 milhões de dólares).

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