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Críticas

As Canções de Amor e Verônica

Amor a três e a professorinha heroína

Por Luiz Joaquim | 06.02.2009 (sexta-feira)

O Cinema da Fundação coloca em cartaz “As Canções de Amor” (Les Chansons d’Amour, Fra., 2008), fenômeno de bilheteria na França, dirigido por Christophe Honoré (de “Em Paris”), também com o novo galã de lá, o jovem talentoso Louis Garrel, este bem acompanhado por Ludivine Sagnier e Chiara Mastroiani.

Mas o sucesso apontado aqui de “As Canções de Amor” não está necessariamente atrelado e diretamente ao elenco, mas sim á simpatia e leveza, regada a belas canções originais (são 13, de Alex Beaupain), com a qual Honoré conduz esse musical de romance moderno, envolvendo um triângulo amoroso entre Garrel (Ismäel), sua namorada Sagnier (Julie) e Clotilde Hesme (Alice), com quem tem de dividir a namorada.

Em três momentos claros no roteiro, com uma quebra do triângulo, com a ausência do amor e com o reinício da paixão, “As Canções de Amor” vai brincando com seriedade, e nos mostra sua ótima filiação com clássicos como “Os Guarda-Chuvas do Amor” (1964), de Jacques Demy (musicado espetacularmente por Michel Legrand); além de nós remeter também a Truffaut, principalmente no lindo “Jules et Jim” (1962).

VERÔNICA
A útlima experiência no cinema (“A Grande Família”) do diretor Miguel Faria Jr. não é uma boa referência para esse seu novo lançamento “Verônica” (Bra., 2008), que estréia hoje. O filme, entretanto, têm recebido elogios. Fala de uma professora primária, Verônica (a atriz e esposa do diretor, Andréa Beltrão). Ela trabalha na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro há 20 anos. Um dia, na escola onde trabalha, percebe que ninguém veio buscar Leandro (Matheus de Sá), um aluno de oito anos. Ao levá-lo para casa na favela, descobre que traficantes mataram os pais do garoto querem matá-lo também, o que a leva a tentar proteger o garoto de todas as formas.

“Verônica” tem ganhou notoriedade desde de sua primeira exibição no Festival do Rio, em setembro último, e Faria Jr. tem declarado que sua intenção aqui foi chamar a atenção para onde o poder do Estado não chega e como às vezes uma pessoa de bom senso age, mesmo que não seja por uma obrigação legal. Pela semelhança do enredo, “Verônica” também tem sido comparado com “Glória”, filme vivido pela maravilhosa Gena Rowlands, dirigida pelo também marido John Cassavettes, em 1980. Em 1999, Sidney Lumet refilmou “Glória”, com Sharon Stone no lugar que foi de Rowlands.

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