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Críticas

Anjos e Demônios

As novas teorias de Langdon

Por Luiz Joaquim | 15.05.2009 (sexta-feira)

Dan Brown deu ao mundo um best-seller chamado “O Código Da Vinci” enxertado com teorias alucinadas sobre os descendentes de Jesus Cristo. Seguindo seu propósito mercantilista, Hollywood transformou em 2006 as polêmicas letras de Brown em imagem e som com a ajuda da estrela Tom Hanks e uma chapinha no cabelo. Resultado: um filme chato e 217,5 milhões de dólares no bolso da Columbia. Hoje, o mesmo diretor, Ron Howard, nos oferece mais um episódio com o simbologista (simbologistas?) Robert Langdon.(Hanks), o mesmo do romance anterior.

Ele aparece em “Anjos e Demônios” (Angels e Demons, EUA, 2009) como contratado pelos seguranças do Vaticano. O Papa faleceu e o conclave já começou a votação que decidirá qual o novo representante de Deus na Terra. Acontece que quatro dos principais cardeais elegíveis foram sequestrados pelos Illuminatis – um grupo que combatia a Igreja Católica em nome do progresso da ciência -, e estes prometeram não só matar cada um dos cardeais, de uma em uma hora, como também destruir todo o Vaticano com uma bomba de anti-matéria.

“Anjos em Demônios” tira 138 minutos da vida do espectador para contar o que foi escrito no parágrafo anterior. Mas essa não é a questão. A questão é a forma como o filme o faz. O roteiro redundante (em uma cena, Hanks descobre o desenho de um pentagrama – estrela dentro de um círculo – e grita “É um pentagrama !!”) não apenas insulta o espectador como o cansa, com sua falácia sugerindo uma lógica de conexões débeis para incriminar uma seita anacrônica. Também passam vergonha aqui Ewan McGregor e Stellan Skarsgard.

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