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Memória e futebol

Câmera clara 206

Por Luiz Joaquim | 14.06.2010 (segunda-feira)

Mundial de Futebol a pleno vapor na África do Sul, e o cinema brasileiro, que serve também como memória para eventos importantes, dá vergonha por não manter com dignidade um acervo que dê acesso a essa memória audiovisual. Foram poucos os filmes (longas-metragens) feitos no Brasil sobre uma Copa do Mundo. Na verdade, temos um exemplo, de certa forma, recente, realizada por Murilo Salles em 1994 que se chama “Todos os Corações do Mundo: A Paixão Futebol”, em que o diretor de “Nome Próprio” (2007) viajou aos EUA com uma equipe de 100 pessoas para fazer o filme oficial da Copa daquele ano. Nesse filme, pela primeira vez, todas as 52 partidas foram filmadas com 18 câmeras de 35mm e quatro equipes de 16mm. O filme faz uma orquestração de imagens de treinos, jogos e da torcida, resumindo-as em 108 minutos. Lembravam os belos mini-jornais do Canal 100 que exibiam antes das sessões nas salas de cinema nos anos 1960 e 1970. Rever essas relíquias hoje num cinema é uma dificuldade, muito em função da cultura da falta de cuidado com a memória cinematográfica – prática que já começa a mudar há alguns anos. Prova disso está na programação do 5° CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto, que inicia nesta quinta-feira, na qual sua programação contempla a memória e, aproveitando o ensejo da Copa do Mundo, faz homenagens ao Canal 100 exibindo alguns de seus cinejornais clássicos.

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3° JANELA
Atenção realizadores. Sexta-feira é o último dia para você inscrever seu curta-metragem (em digital ou 35mm) para participar do 3° Janela Internacional de Cinema do Recife (da CinemaScopio Produções, de Kleber Mendonça e Emilie Lesclaux), que este ano, além do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, acontecerá também no cine São Luiz. A mostra acontecerá entre 12 e 21 de novembro. Para fazer a inscrição, bastar acessar o site (www.janeladecinema.com.br).

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CINEfoot
São quase 200 festivais de cinema por ano no Brasil, e agora surgiu o “CINEfoot: Festival de Filmes de Futebol”, realizado pela Conexão Cultura, encerrou dia 1° de junho e vendeu-se como “aperitivo para a Copa da África do Sul”. Um dos documentários exibidos foi “Um Artilheiro no Meu Coração”, de Diego Trajano, Lucas Fitipaldi, Melyna Reis. Pergunta-se, qual será a periodicidade do CINEfoot? Quatro anos?

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GOLPISTA DO ANO
Nos Estados Unidos pergunta-se se o público comum, de multilplex, terá acesso ao filme “O Golpista do Ano” – que já exibiu por lá no Sundace Film Festival, em janeiro de 2009. Dizem que é cada vez mais improvável, apesar do filme estar sendo exibido hoje no mundo inteiro (Brasil incluso), uma vez que o filme ainda não tem distribuidor nos EUA que queira assumir os riscos. Esse mercado norte-americano não para se surpreender, negativamente.

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