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Festivais

21o Cine Ceará (2011) – premiação

Mãe e Filha leva cinco prêmios

Por Luiz Joaquim | 16.06.2011 (quinta-feira)

FORTALEZA (CE) – Encerrou na noite de quarta-feira, no Theatro José Alencar, o 21o Cine Ceará: Festival Ibero Americano de Cinema, contemplando “Mãe e Filha”, do cearense Petrus Cariry, como o melhor filme desta edição. O júri oficial ainda premiou o drama do reencontro de mãe e filha numa cidade deserta do Sertão com outros dois troféus Mucuripe: roteiro e som. O drama cearense ainda levou o prêmio da critica e o troféu BNB de produção com melhor temática nordestina (R$ 10 mil).

O titulo de melhor diretor foi para o curitibano Werner Shumann, por “O Coro”, que voltou a subir ao palco pelo troféu de fotografia (de Felipe Meneghel). Quem também saiu duplamente premiado foi o documentário “Bicicleta, Colher, Maçã”, de Carlos Bosch, pela montagem e trilha-sonora.

Os prêmios de ator e atriz foram bem distribuídos para o cubano Hector Medina, “Bilhete para o Paraíso”, e a argentina Cladia Lapacó, com sua forte presença em “Língua Materna”. A direção de arte teve um destino óbvio entre os concorrentes. Foi para o espanhol “Pássaros de Papel”, surperprodução que reconstituiu o período franquista. Curiosamente dois dos mais fortes concorrentes – o colombiano “Todos Teus Mortos” e o mexicano “Assalto ao Cinema” -, saíram sem nenhum reconhecimento.

Entre os curtas-metragens, o mineiro Leonardo Cata Preta e seu “O Céu no Andar de Baixo” venceram como melhor filme, além do prêmio da crítica. O melhor diretor foi Murilo Hauser, por “Meu Medo”, e o melhor roteiro ficou com “Como a Mosca Azul”, de César Netto. Já “O Plantador de Quiabos”, do Coletivo Santa Madeira, ganhou o prêmio aquisição Canal Brasil (R$ 15 mil), e o cearense “Doce de Cocô”, de Allan Deberton recebeu o prêmio do Banco do Nordeste de melhor produção nordestina.

Antes das premiações, foi exibido o longa-metragem “Na Quadrada das Águas Perdidas”. Produção que teve incentivo da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), dirigido por Wagner Miranda e Marcos Carvalho, contando unicamente com Matheus Nachtergaele no elenco.

Sem nenhum dialogo, o personagem de Nachtergaele vive um sertanejo que faz um trajeto indefinido com duas bezerras, seu cachorro e sua carroça puxada por um jumento. Durante o percurso ele vai perdendo tudo que possui, mas utiliza-se do que o sertão tem por oferecer para sua sobrevivência.

Ainda foram anunciados, por João Batista de Andrade, Kátia Mesel, Vladimir Carvalho e Tetê Moraes a criação, aqui no Ceará, da Associação Brasileira de Realizadores de Longas-metragens, reivindicando uma representação nacional sem exclusões de nenhuma ordem.

A organização do festival ainda anunciou a data da 22a edição – de 6 a 19 de junho de 2012 -, e que trabalhará com o tema “Lutas sociais na América Latina”, garantindo a exibição de filmes como “Eles Não Usam Black-Tie”, “Peões”, “Lula: O Filho do Brasil”.

*Viagem a convite do Cine Ceará
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Premiados

Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem:
Melhor Longa-metragem: “Mãe e Filha”, de Petrus Cariry;
Melhor Direção: Werner Schumann, por “O Coro”;
Melhor Fotografia: Felipe Meneghel, por “O Coro”, de Werner Schumann;
Melhor Montagem: Ernest Blasi e Carlos Prieto, por “Bicicleta, Colher, Maçã”, de Carlos Bosch;
Melhor Roteiro: Petrus Cariry, Firmino Holanda e Rosemberg Cariry, por “Mãe e Filha”, de Petrus Cariry;
Melhor Som: Erico Paiva e Petrus Cariry, do filme “Mãe e Filha”, de Petrus Cariry;
Melhor Trilha Sonora Original: Josep Sanou, por “Bicicleta, Colher, Maça”, de Carlos Bosch;
Melhor Direção de Arte: Fernando González, por “Pássaros de Papel”, de Emílio Aragón;
Melhor Ator: Héctor Medina, por “Bilhete para o Paraíso”, de Gerardo Chijona;
Melhor Atriz: Claudia Lapacó, por “Língua Materna”, de Liliana Paolinelli;
Prêmio da Crítica: “Mãe e Filha”, de Petrus Cariry;
Prêmio BNB de Melhor Produção de Temática Nordestina para “Mãe e Filha”, de Petrus Cariry.

Na mostra competitiva brasileira de curta metragem, o Mucuripe de melhor filme foi para “O Céu no Andar de Baixo”, animação do mineiro de Leonardo Cata Preta. Lista completa:

Mostra competitiva brasileira de curta metragem:
Melhor Curta-metragem: “O Céu no Andar de Baixo”, de Leonardo Cata Preta;
Melhor Direção: Murilo Hauser, por “Meu Medo”;
Melhor Roteiro: Rodolfo Barreto, por “Com a Mosca Azul”, de César Netto
Melhor produção cearense: “Doce de Coco”, de Allan Deberton;
Prêmio da Crítica: “O Céu no Andar de Baixo”, de Leonardo Cata Preta.

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