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Festivais

44o. Brasília (2011) – premiação

Hoje, de Tata Amaral, é eleito o melhor filme

Por Luiz Joaquim | 04.10.2011 (terça-feira)

BRASILIA (DF) – Da cerimônia de encerramento do 44o. Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, ontem à noite no Cine Brasília, o drama “Hoje”, de Tatá Amaral, saiu como grande vencedor com seis Candângos, entre eles o de melhor filme, roteiro, atriz (Denise Fraga), fotografia e direção de arte e prêmio da crítica.

No agradecimento, Tatá Amaral lembrou que o prêmio de R$ 250 mil irá ajudar na distribuição do filme. “Faremos de tudo para esse filme chegar ao máximo de pessoas”, prometeu.

O drama da viúva (Fraga) de um ex-guerrilheiro que recomeça a vida num novo apartamento enquanto livra-se de fantasmas do passado, dividiu os holofotes da noite com “Meu País”, filme de André Ristum, vencedor de cinco troféus: direção, montagem, júri popular, ator (Rodrigo Santoro) e trilha sonora.

Santoro, visivelmente emocionado, e com a voz trêmula, comentou a importância do Candângo para ele, remetendo ao seu primeiro troféu em Brasília (2000) por “Bicho de Sete Cabeças”. “Ali, foi um reconhecimento simbólico e transformador. Foi um estímulo e me fez passar uma travessia na minha carreira”; e encerrou dedicando o novo Cândango a seu pai.

Dois filmes marcantes desta edição do festival saíram apenas com um prêmio, cada. Ambos por seus atores coadjuvantes. “O Homem que Não Dormia”, de Edgar Navarro, recebeu o Candângo para Ramon Vane, no papel do inesqueível ‘Pra frente brasil’; e Gilda Nomacce, a empregada do mercadinho de “Trabalhar Cansa”, de Marco Dutra e Juliana Rojas.

O pernambucano “As Hiper-Mulheres”, de Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro saiu contemplado com o título de melhor som. No palco, oito índios (sendo três mulheres e duas crianças) fizeram o agradecimento mais empolgante da noite; incluindo um dança e um discurso do pajé dizendo também ser brasileiro e para respeitarem sua cultura.

Entre os curtas-metragens, o belíssimo “L”, da paulista Thais Fujinaga, confirmou o favoritismo e saiu como melhor filme, além de melhor direção e o prêmio da crítica. Mas foram os baianos que predominaram na premiação de curtas. “Ser Tão Cinzento”, de Henrique Dantas levou montagem, trilha sonora, e o Aquisição Canal Brasil.

Outro baiano, “Premonição”, de Pedro Adib, levou direção de arte. Nesta ediçåo, Brasília destinou prêmios específicos às animações concorrentes. E a melhor foi o gaucho, “Céu, Inferno e Outras Partes do Corpo”, de Rodrigo John.

*Viagem a convite do Festival

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Prêmios

FILME DE LONGA METRAGEM

Melhor filme – R$ 250.000,00
Filme: “Hoje”, de Tata Amaral

Melhor direção – R$ 20.000,00
André Ristum por Meu País

Melhor ator – R$ 5.000,00
Rodrigo Santoro por “Meu País”

Melhor atriz – R$ 5.000,00
Denise Fraga por “Hoje”

Melhor ator coadjuvante – R$ 3.000,00
Ramon Vane por “O homem que não dormia”

Melhor atriz coadjuvante – R$ 3.000,00
Gilda Nomacce por “Trabalhar cansa”

Melhor roteiro – R$ 5.000,00
Jean-Claude Bernardet, Rubens Rewald, Filipe Sholl por “Hoje”

Melhor fotografia – R$ 5.000,00
Jacob Solitrenick por “Hoje”

Melhor direção de arte – R$ 5.000,00
Vera Hamburger por “Hoje”

Melhor trilha sonora – R$ 5.000,00
Patrick de Jongh por “Meu País”

Melhor som – R$ 5.000,00
Mahajugi Kuikuro, Munai Kuikuro e Takumã Kuikuro pela captação de som direto de “As Hiper Mulheres”

Melhor montagem – R$ 5.000,00
Paulo Sacramento por “Meu país”

FILME DE CURTA METRAGEM

Melhor filme – R$ 20.000,00
“L”, de Thaís Fujinaga

Melhor direção – R$ 5.000,00
Thaís Fujinaga pelo filme “L”

Melhor ator – R$ 3.000,0o
Horácio Camandulle pelo filme “De lá pra cá”

Melhor atriz – R$ 3.000,00
Eloína Duvoisin por “A Fábrica”

Melhor roteiro – R$ 3.000,00
Ali Muritiba por “A Fábrica”

Melhor fotografia – R$ 3.000,00
André Miranda por “Imperfeito”

Melhor direção de arte – R$ 3.000,00
Raquel Rocha por “Premonição”

Melhor trilha sonora – R$ 3.000,00
Ilya São Paulo por “Ser tão Cinzento”

Melhor som – R$ 3.000,00
Kiko Ferraz por “De lá pra cá”

Melhor montagem – R$ 3.000,00
Wallacee Nogueira e Henrique Dantas por “Ser tão Cinzento”

FILME DE CURTA METRAGEM DE ANIMAÇÃO

Melhor filme de curta metragem de animação – R$ 20.000,00
Filme: “Céu, inferno e outras partes do corpo”, de Rodrigo John

Prêmio do Júri Popular – para os filmes escolhidos pelo público, por meio de votação em cédula própria:
Melhor filme de longa metragem – R$ 20.000,00
E ainda
Prêmio Exibição TV Brasil – R$ 50.000,00
Filme: Meu país, de André Ristum

Melhor filme de curta metragem R$ 10.000,00
E ainda
Prêmio Exibição TV Brasil – R$ 10.000,00
Filme: A Fábrica, de Aly Muritiba

Melhor filme de curta metragem de animação R$ 10.000,00
E ainda
Prêmio Exibição TV Brasil – R$ 10.000,00
Filme: Rái sossaith, de Thomate

OUTROS PRÊMIOS

CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Troféu Candango
Exclusivo para produções do Distrito Federal

Melhor longa-metragem 1º lugar – R$ 75.000,00

Filme: “Cru”, de Jimi Figueiredo

Melhor longa-metragem 2º lugar – R$ 35.000,00

Filme: Sagrada Terra Especulada – a luta contra o Setor Noroeste, de José Furtado

Melhor curta-metragem 1º lugar – R$ 25.000,00
Filme: “Deus”, de André Miranda

Melhor curta-metragem 2º lugar – R$ 15.000,00
Filme: “A arte de andar pelas ruas de Brasília”. de Rafaela Camelo

AQUISIÇÃO CANAL BRASIL
Incentivo ao Curta-Metragem
Cessão de um Prêmio de Aquisição, no valor de R$ 15.000,00 ao Melhor Curta selecionado pelo júri Canal Brasil.

Filme: “Ser tão cinzento”, de Henrique Dantas

MARCO ANTÔNIO GUIMARÃES
Troféu Candango
Conferido pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro para o filme que melhor utilizar material de pesquisa cinematográfica brasileira.

Filme: “Ser tão cinzento”, de Henrique Dantas

PRÊMIO SARUÊ
Conferido pela equipe de cultura do jornal Correio Braziliense.
Troféu Saruê – Rock Brasília

PRÊMIO DA CRÍTICA
Troféu Candango

Melhor filme de longa metragem
Filme: “Hoje”, de Tata Amaral

Melhor filme de curta metragem
Filme: “L”, de Thaís Fujinaga

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