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Festivais

22o. Cine Ceará (2012) – noite 6

Festival encerra competição

Por Luiz Joaquim | 08.06.2012 (sexta-feira)

FORTALEZA (CE) – Chegou ao fim a mostra competitiva deste 22º. Cine Ceará: Festival Ibero Americano de Cinema, que encerrou ontem à noite com a participação pernambucana do longa-metrage de Cláudio Assis, “Febre do Rato” (que estreia no Recife 29 de junho) e o curta “Dia Estrelado”, de Clara Normande.

Às 20h de hoje, acontece a premiação do festival cuja competição de longas apresentou na quarta-feira o documentário espanhol “Bertsolari”, de Asier Altuna,e a ficção equatoriana “Em Nome da Filha” (En Le Nombre da La Hija), de Tânia Hermida.

“Bertsolari” é o nome que se dá ao improvisador de versos cantados a partir do remoto idioma ‘euskara’ no País Basco, ao norte da Espanha. Muito próximo da estrutura e prática do ´repente´, extremamente conhecia do e no Nordeste brasileiro, a prática do ´bertsol´ autêntico se diferencia pelo fato de não haver nenhum acompanhamento com instrumentos musicais, ficando o ritmo ao cargo exclusivo da métrica e entonação da voz do bertsolari.

Acontece, entretanto que, a despeito da diferença cultural, todas as questões colocadas pelo filme já foram bem postas em função do ‘Repente’ numa dezenas de docs. sobre esta prática cultural do Nordeste. ´Bertsol´, o filme, até faz conexões entre seu improviso com o rap americano, mas a insistência em seu caráter único transforma a produção em cansativa, para além do seu interesse inicial.

Já “Em Nome da Filha” é um filme quase que inteiramente dentro do universo infantil. Sua protagonista é a menina Manuela (Eva Mayu Benavides), criada por pais socialistas e ateus. Em 1976, ela é obrigada é ficar na fazenda de seus avós, católicos e burgueses, no vale dos Andes do Equador, junto aos tios e primos e criados como tal.

Determinada a aplicar os pensamentos igualitários e ateus dos pais aos primos e aos empregados da fazendo, Manuela entra em constantes conflitos e se vê obrigada ser política pela primeira vez na vida para conseguir algo importante. ”Em Nome da Filha” é uma produção tecnicamente correta, mas é um filme que se perde pelo exagero no discurso, apesar de um u outro integrante ‘fofo’ no elenco infantil alegrar o espectador.

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