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Ainda Paulínia

Câmera clara

Por Luiz Joaquim | 25.06.2012 (segunda-feira)

O crítico de cinema João Nunes, do jornal “Correio Popular”, de Campinas (SP), publicou excelente texto sobre a situação do suspenso Festival de Paulínia, cuja 5ª. Edição começaria na quinta-feira passada (21). Na verdade, seu texto saiu na página de ‘Opinão’ do jornal. Com o título “O festival que não aconteceu”, Nunes lamenta o fato do festival “estar atrelado ao município de maneira a possibilitar que uma pessoa tenha o poder de decidir seu fim à moda imperal”. E recorda: “Há seis anos, Paulínia era conhecida por sua refinaria… Porém, a repercussão de sua importância, apesar da relevância, acabava restrita à própria cidade… Com a criação do Polo Cinematográfico, e em seguida do festival, Paulínia se tornou nacionalmente conhecida… Em quatro anos, o festival virou o mais badalado do Brasil, como pode se notar pela repercussão na imprensa no ano passado… Fico pensando na minha modesta visão política se o prefeito não deveria ter usado a ótima imagem do festival para alavancar a candidatura dele… Se tais benefícios ainda não eram tão visíveis e estavam restrito a hotéis, restaurantes, transportes e pessoal envolvidos na produção, entre outros, era questão de tempo para que o polo se estabelecesse como tal…. Mais ainda dá tempo de o polo e o festival sobreviverem se o prefeito anunciar os editais de 2011 e 2012, prometidos para o final de junho”. As palavras de Nunes são muito precisas, e a comunidade cinematográfica no Brasil certamente espera que elas façam efeito lá por Paulínia.

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Chinelo NoPE
Próxima sexta e sábado (29 e 30), acontece a 12ª edição do Cine Chinelo NoPE, mostra de vídeos independentes, ao ar livre e sem curadoria. O evento existe há oito anos com a proposta de democratizar a exibição das produções regionais. A tela será montada na Rua da Alfândega e as inscrições começam às 18h e seguem até às 20h, nos dois dias. A sessão Caldo de Cana, com duração de 150 minutos, tem início às 20h30. Já passaram pelas telas do Cine Chinelo mais de 500 vídeos ao longo da sua história e muita coisa inédita está para ser exibida, tanto de anônimos como de profissionais O evento é gratuito.

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Em Ouro Preto
Enquanto acontece o CineOP com filmes nas telas do Cine Vila Rica e do cinema montado na praça da cidade, além dos seminários e debate no Centro de Convenções, corre por fora as filmagens de “Um Dose de Qualquer Coisa” de Gustavo Galvão. O projeto, que foi duplamente pelo fundo de Apoio à Cultura do Governo do Distrito Federal, vai na na contramão de road movies convencionais. Segue Pedro (Vinícius Ferreira), de 30 anos numa jornada pelo Brasil Central, prestes a fazer um acerto de contas entre o jovem sonhador que já foi, mas tornou-se um adulto apático. Incomodado pela seca, ele percorre Goiás, Minas Gerais… Mas sua mente atribulada não deixa que ele se esqueça de Brasília.

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CineCabeça
“Cinco Vezes Favela” (1962), o clássico do Cinema Novo, é o carta de hoje – às 19h com sessão gratuita no Cineteatro Arraial (Rua da Aurora, 457) – do cineCabeça: Ação Cineclubista. O filme apresenta cinco histórias independentes, cada dirigida por diferentes diretores: Marcos Farias, Miguel Borges, Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade e Leon Hirszman. Eles apresentam seu ponto de vista sobre a vida nas favelas do Rio de Janeiro. A exibição conta com a presença de Luciana Almeida, mestra em Comunicação da UFPE, para debate após a sessão.

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