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Festivais

40º Gramado (2012) – seleção

Festival premiará com R$ 350 mil

Por Luiz Joaquim | 04.07.2012 (quarta-feira)

Ele não já não aguentava mais responder a pergunta: “Quando seu filme vai ser exibido no Brasil?”. O embaraço do cineasta Kleber Mendonça Filho encerrou hoje (4/7/12) pela manhã com o anúncio da programação competitiva dos longas-metragens brasileiros, latinos, curtas-metragens e homenageados do 40º Festival de Cinema de Gramado, agendado para acontece entre 10 e 18 de agosto.

Contente com o anúncio, Kleber já lembra que terá de fazer uma ginástica para estar presente neste que é um dos mais tradicionais festivais brasileiro, sendo 2012 um ano histórico, em que completa 40 anos de funcionamento. “Estarei com o filme em Locarno entre 1 e 11 de agosto. De lá vou a Amsterdã e fico até o dia 14, quando farei uma série de trabalhos para divulgar ‘O Som…’ que irá estrear na Holanda dia 7 de setembro”, adianta.

Kleber sabe que a primeira exibição em Gramado chega num bom momento, uma vez que este seu primeiro longa de ficção – que tem como mote o cotidiano alterado numa rua de classe-média em Setúbal, no Recife, pela chegada de seguranças particulares – vem circulando desde janeiro por metade do mundo, em cerca de 16 festivais de cinema. Pelo seu circuito, constam Roterdã (Holanda), Nova Iorque e San Franscico (EUA), Sidney (Austrália), Copenhague (Dinamarca), Lisboa (Portugal) e Nova Zelândia entre outros. Nesta segunda-feira, sua próxima parada será Sarajevo (Bósnia e Herzegovina) e no final do mês, Polônia.

Em Gramado, “O Som ao Redor” compete com “Super Nada” (SP), de Rubens Rewald; “Insônia” (RS), de Beto Souza; “O que se Move” (SP), de Caetano Gotardo; “Futuro do Pretérito: Tropicalismo Now!” (SP), de Ninho Moraes e Francisco César Filho; “Eu Não Faço a Menor Ideia do que Eu Tô Fazendo com a Minha Vida” (RJ), de Matheus Souza; “Colegas” (SP), de Marcelo Galvão; e “Jorge Mautner: O Filho do Holocausto” (RJ), de Pedro Bial e Heitor D’Alincourt.

Na competição de longas latinos, estão “Vinci”, de Eduardo del Llano Rodriguez (Cuba); “Artigas, La Redota”, do fotógrafo radicado no Brasil, César Charlone (Uruguai); “Leontina”, de Boris Peters (Chile); “Diez Veces Venceremos”, de Cristian Jure (Argentina); e “Calafate-Zoológicos Humanos”, de Hans Mulchi Bremer (Chile). Entre os curtas-metragens, apenas “Di Melo: O Imorrivel”, de Alan Oliveira e Rubens Pássaro (co-produção entre São Paulo e Pernambuco) representa o Estado entre outros 13 concorrentes.

Os nomes anunciados para receber homenagem neste ano foram os de Betty Faria, Eva Wilma, Juan José Campanella e Arnaldo Jabor, do qual “Toda Nudez Será Castigada” foi eleito o melhor filme do festival em sua primeira edição

Uma expectativa marcava os preparativos des 40ª edição, pois ela dá início a uma nova fase no festival. Depois de tensões em seu universo curatorial, passando pela fase trágica do cinema brasileiro na Era Collor, e depois glamourizando o tapete vermelho e as estrelas da TV. Ainda no âmbito administrativo, a produção do evento sofreu denúncias de irregularidades nas prestações de contas – com valores por volta dos R$ 3 milhões – que abalaram a possibilidade da realização desta edição 2012.

Mas a gestão do município na Serra Gaúcha assumiu a responsabilidade do festival através da secretária de Turismo de Gramado, Rosa Helena Volk. Foi ela quem lançou algumas mudanças para resgatar o status do evento. Uma delas foi implantar uma generosa premiação em dinheiro: são R$ 350 mil distribuídos para dez categorias, sendo R$ 120 mil para o melhor filme nacional e R$ 80 mil para o melhor longa estrangeiro. Outra ação foi colocar o ator José Wilker e os críticos Rubens Ewald Filho e Marcos Santuário como responsáveis pela curadoria do fesitival. O orçamento para a realização desta 40ª edição também foi anunciado. Um valor de R$ 2,5 milhões.

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Seleção Gramado 2012

Longas brasileiros

– Super Nada (SP), de Rubens Rewald —
– Insônia (RS), de Beto Souza –
– O que se Move (SP), de Caetano Gotardo
– Futuro do Pretérito: Tropicalismo Now! (SP), de Ninho Moraes e Francisco César Filho
– Eu Não Faço a Menor Ideia do que Eu Tô Fazendo com a Minha Vida (RJ), de Matheus Souza
– O Som ao Redor (PE), de Kleber Mendonça Filho
– Colegas (SP), de Marcelo Galvão
– Jorge Mautner – O Filho do Holocausto (RJ), de Pedro Bial e Heitor D’Alincourt

Longas latinos

– Vinci, de Eduardo del Llano Rodriguez (Cuba)
– Artigas, La Redota, de César Charlone (Uruguai)
– Leontina, de Boris Peters (Chile)
– Diez Veces Venceremos, de Cristian Jure (Argentina)
– Calafate-Zoológicos Humanos, de Hans Mulchi Bremer (Chile)

Curtas-metragens
14 filmes: 9 de SP, 2 do RS, 1 de MG, 1 de SC e 1 da BA

– #, de Andre Farkas e Arthur Guttilla
– A Ballet Dialogue, de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon
– A Mão que Afaga, de Gabriela Amaral Almeida
– A Triste História de Kid-Punhetinha, de Andradina Azevedo e Dida Andrade
– Casa Afogada, de Gilson Vargas
– Di Melo – O Imorrivel, de Alan Oliveira e Rubens Pássaro
– Diario do Nao Ver, de Cristina Maure e Joana Oliveira
– Dicionário, de Ricardo Weschenfelder
– Funeral à Cigana, de Fernando Honesko
– Linear, de Amir Admoni
– Menino do Cinco, de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira
– Meta, de Rafael Baliu
– O Duplo, de Juliana Rojas
– Piove, il film Di Pio, de Thiago Brandimarte Mendonça

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