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Câmera clara 376

Por Luiz Joaquim | 10.06.2013 (segunda-feira)

Um fenômeno marqueteiro que é centenário no universo cinematográfico, o boca-a-boca, tem hoje sua versão virtual com vida vigorosa na internet. O novo meio, tendo as redes sociais como principal campo de espraiamento, amplificou os poderes desse processo propagandístico tão importante para o êxito comercial de um filme nos cinemas. Dois títulos nacionais recentes são prova desse resultado e servem de símbolos exemplares para quem deseja estudar o fenômeno. Um é o pernambucano “O Som ao Redor”, ficção premiada de Kleber Mendonça Filho; o outro é o documentário paulista “Elena”, de Petra Costa (em cartaz no Cinemark RioMar). O primeiro foi lançado na primeira sexta-feira de 2013 em apenas oito salas no Brasil e nestes últimos cinco meses levou 94 mil pessoas às salas do País. A produção do filme naturalmente investiu em publicidade tradicional – anúncio em jornais, trailers, cartazes – mas bateu fortemente mesmo foi na disseminação pela internet da repercussão internacional do filme (alcançada em 2012). O resultado foi que, num crescente, onde quer você acessasse informação pela web você esbarraria em algum comentário ou imagem sobre o filme. O segundo filme, um belo mais difícil documentário que investiga como prosseguir com a vida após a morte de um ente querido, estreou há um mês, sendo que duas semana antes do lançamento iniciou uma campanha na rede a partir de uma pergunta: “Quem é Elena?”. Hoje são 30 dias exatos que o filme entrou em cartaz, e até agora mais de 32 mil pessoas já pagaram ingresso para conhecê-la numa sala de cinema. Foi esse fenômeno que trouxe de volta o filme em cartaz no Cinemark RioMar. O filme exibiu primeiro por aqui dias 28 e 30 de maio no “Cine Cult”, espaço que o complexo abriga para filmes “de arte”. Entendendo o potêncial do doc., a administração do complexo suspendeu a exibição restrita para programá-lo em sua grade diária. É uma prova concreta da vitória do boca-a-boca virtual. Vale entretanto dizer que se nenhum dos dois filmes tivesse competência cinematográfica, os número não teriam sido alcançados.

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Pelé
Em tempos de Copa da Confederações, Copa do Mundo no Brasil, o filme de Anibal Massaíne Neto, “Pelé Eterno” (2004), ganhou na justiça o direito de que a veiculação livre do filme fosse retirada da Google e Youtube. O valor da indenização ainda não foi fixado, mas especialistas estimam que o Google tenha prejuízo de milhões com o incidente, em razão do grande número de acessos. O responsável pelo caso foi o Desembargador Élcio Trujillo, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Agora é hora da produtora do filme voltar a ganhar dinheiro com os novos pedidos de exibição do doc., que não deverão ser poucos em época de campeonato mundial.

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