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Adriana Calcanhoto (Recife)

Show Olhos de Onda (2013)

Por Luiz Joaquim | 29.07.2013 (segunda-feira)

memorável espetáculo musical? Dois: um violão e a sua própria voz. Este último auxiliado por um copo d’água para manter a afinação. Foi assim no palco do Teatro da UFPE, sábado à noite quando, para um auditório lotado, a gaúcha agregou a experiência e boa qualidade dos seus mais de 20 anos de carreira ao show “Olhos de onda”.

Parecia não haver nada mais apropriado que o visual e os arranjos minimalistas escolhidos para a apresentação da cantora, brindando o público com melodias românticas. O fundo preto, que emoldurava a cadeira e o violão, ajudou também a destacar a entrada discreta mas elegante de uma Calcanhoto quase flutuante, em seu longo vestido verde.

Indo direto ao assunto, seu “boa noite” foi homenageando a cultura pernambucana ao entoar “Calunga”, de Capiba. “Olha que responsabilidade…”, brincou ela ao final. Logo depois da segunda canção, “O nome da cidade”, o público já estava conquistado e logo se ouvia um “Linda!” vindo da platéia. Expressão que se mutiplicaria ao longo dos 75 minutos de show.

Entres as raras músicas celebrando a felicidade do amor, surgiu o sambinha “Eu vivo a sorrir”, para na sequência as alas serem abertas para uma dezenas de composições que tão bem ilustram a malfadada dor-de-cotovelo presente no repertória da moça. Entretanto, ofereceu antes a “única e primeira” parceria realizada com Arnaldo Antunes: a música “Para lá”.

Entre tantos gritos de “uhuu!!” e pedidos de “casa comigo!!” berrados pelo público – que ouviu um lacônico “eu já sou casada” da cantora – Calcanhoto abusou da afinação de sua voz doce com os hits melancólicos “Chaves de casa”, “Maldito rádio” (com uma ajuda extra em palco), “Devolva-me”, “Vambora”, “Mentiras”, “Fico assim sem você” e “Me dê motivo” que resultou num lindo contraste entre o que se ouviu pela sua suave voz, para com o que estamos habituados pelos graves de Tim Maia.

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