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Câmara clara

Por Luiz Joaquim | 13.08.2013 (terça-feira)

Semana passada, durante sessão de cinema do filme “Amor Pleno”, de Terrence Malick, um espectador soltou a seguinte frase, em tom de desdém, no auditório: “Esse filme é um infinito Instagram”. Para quem não sabe, o “Instagram” é um aplicativo que permite aos usuários tirar fotos, aplicar um filtro e depois compartilhá-las com status de “artísticas” em redes sociais.

O jovem na sala de cinema não poderia ter sido mais equivocado. Enquanto o “Instagram” é utilizado quase que aleatoriamente pela maioria dos usuário, mal dando um sentido em sua abundância existência de imagens pseudo-artísticas, o filme de Malick tem um discurso próprio cujo sentido só é construído pela coerência de suas imagens.

O exemplo é bom para ilustrar característas próprias da “era das imagens”. Aquela em que os espectadores não sabem lê-las, apesar de consumi-las e produzi-las ininterruptamente. Nisto, o processo para decifrá-las raramente acontece e, por conseguinte, a fruição não existe. Abre-se então a porteira para leituras tacanhas.

Memória
O jornalista Rodrigo Almeida publicou seu e-book “Cinema e Memória”, organizado em conjunto com Carlos André e Chico Lacerda. A publicação foi viabilizada pela Editora Universitária da UFPE com colaborações da professora Nina Velasco, além dos alunos / ex-alunos André Antônio, Isabel Marinho, Marcelo Costa e Sabrina Tenório. O link para acesso é www.ufpe.br/editora/ufpebooks/outros/cine_memoria

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