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Telenovelafilme

Câmera clara 396

Por Luiz Joaquim | 02.12.2013 (segunda-feira)

– na foto, Hernani Heffner, convidado do 3ª edição da Mostra Canavial de Cinema, que percorre o interior pernambucano.

Vez por outra algum leitor entra em contato para nos repreender por nossas críticas, nesta Câmera Clara, a respeito das diversas globochanchadas que estreiam nas salas de cinema. Os queixosos ressaltam que é bom que o cinema brasileiro leve às salas mais público. A questão não me parece tão simples assim. Há, claro, benefícios em saber que o brasileiro está à procura de sua própria cultura nos cinemas, mas o ponto aqui me parece ser outro. Seria conceitual (fator pela qual o mercado não está interessado em discutir). As “telenovelasfilmes”, como por exemplo “Crô”, funcionam por uma linguagem gramatical e interesses econômicos muito próprios; e a palavra “cinema” entra aí apenas para agregar um valor que não lhe corresponde. É assim.

Ela
Joachin Phoenix vem aí em mais um filme marcante. Chama-se “Her” (17 de janeiro nos cinemas), e é dirigido por Spike Jozen (“Quero ser John Malkovich”). A história apresenta o personagem de Phoenix, que se apaixona pelo sistema operacional de seu computador. A repercussão da produção vem indicando-o, nos EUA, como uma grande aposta para o Oscar 2014. No filme, a voz do sistema operacional é de Scarlett Johansson.

Diversidade
É curioso. O filme “Crô” divide suas exibições numa mesma sala do multiplex Cinemark RioMar. É a sala numero sete. Lá, “Crô” tem quatro sessões diárias e “Tatuagem”, uma (às 15h). Apesar de os dois filmes contarem com protagonistas homossexuais, as obras não poderiam ser mais diferentes entre si em todos os outros aspectos. Enquanto um caricatura a figura do gay para fazer os heteros rirem, o outro tenta mostra a estes mesmos heteros que “nem todo gay é engraçado”.

Piada$
Pois é, no balanço de brasileiros sucessos de bilheteria, foi constatado que dos dez campões de público em 2013, sete são comédias. Tendo apenas uma delas, “Cine Holliúdy”, do cearense Halder Gomes, surgido fora do contexto globochanchada. O campeão da lista é “Minha Mãe É uma Peça”, com 4,6 milhões de espectadores.

Canavial
Goiana, Condado, Timbaúba, Aliança, Vicência, Nazaré da Mata e Tracunhaém vivenciaram a 3ª edição da Mostra Canavial de Cinema. A última parada foi ontem, em Carpina, onde também aconteceu o 3º Encontro Arranjo Produtivo Local do Audiovisual. Entre os 40 convidados, veio do Rio de Janeiro Hernani Heffner, conservador-chefe da Cinemateca do Museu de Arte Moderna-RJ, e um dos mais respeitados especialistas da área no Brasil.

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