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O Animal de Tião

Câmera clara

Por Luiz Joaquim | 22.09.2014 (segunda-feira)

Sexta-feira (19), em entrevista no 47o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Tião divulgando seu curta-metragem em competição, “Sem Coração”, co-dirigido com Nara Normande, revelou um pouco mais sobre seu tão esperado projeto de longa-metragem, o filme “Animal Político”, já em fase de ajustes de finalização. “O personagem é bem popular, próprio da classe–média, e a certa altura ele passa numa maré e ali ele sente um mal-estar. Depois ele passa por um processo em que busca entender a razão desse mal-estar. E este personagem é uma vaca”, explicou o cineasta, deixando a imprensa nacional presente no festival ainda mais curiosa. “Falta pouco para terminar, apenas alguns efeitos visuais e outros detalhes de uma narração”. Não duvide, você leitor, que em 2015, no 48o Festival de Brasília, possamos ter “Animal Político” em competição.

SEM CORAÇAO
Hilton Lacerda, no júri de longas-metragens desta edição de Brasília, elogiou publicamente o roteiro do filme “Muro”, de Tião, e perguntou o quão decupado era “Sem Coração”. Nara Normande aproveitou para revelar que a piscina vazia que aparece no filme não estava originalmente no roteiro.

MAEVE
Ainda sobre o curta-metragem “Sem Coração”. A atriz Maeve Jinkings revelou em Brasília algumas estratégias que usou como preparada do elenco juvenil no filme. A história, que a certa altura sugere uma situação sexual, teve a tal situação ensaiada como uma coreografia. Auxiliada por uma bola de gás entre os dois jovens atores, movimentos ao som de músicas – um reggae – sugeriam a imagem do encontro íntimo entre a menina interiorana e o garoto da cidade grande.

PEDROSO
Para pergunta sobre a capacidade de certos filmes suscitarem uma ação política do espectador, Marcelo Pedroso falou, a propósito de “Brasil S/A”, que pela história isto não se mostra eficiente. “O que acontece é deslocar os sentidos, desorganizar as referências. A reação está noutra ordem. Interna”.

SEVERIEN
Pelo seu curta-metragem exibido em Brasília, “Loja de Répteis”, Pedro Severien (na foto acima) elogiou o trabalho do fotógrafo Beto Martins. “Beto sempre vinha conversar comigo primeiro no plano das idéias para a concepção das filmagens. Só depois entrávamos em detalhes técnicos. O que era ótimo, pois o cinema serve para o embate estrutural das idéias”, disse.

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