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Críticas

Superbad – É hoje

Testosterona a todo vapor

Por Luiz Joaquim | 19.10.2007 (sexta-feira)

Atenção para o nome Seth Rogen. Você o viu recentemente como o gordinho simpático de “Ligeiramente Grávidos”, de Judd Apatow. Agora ele reaparece como o policial Michaels em “SuperBad – É Hoje” (EUA, 2007), no qual Rogen, 25 anos, ainda assume a produção executiva. Sua competência já apareceu em 2005, quando o mesmo Apatow o colocou numa ‘ponta’ do ótimo “O Virgem de 40 Anos” que Rogen co-produziu.

Vendo “SuperBad” (EUA, 2007), direção de Greg Mottola, ficamos, na realidade, conhecendo um pouco da adolescência de Rogen pois é de lá que vem a inspiração do enredo. No filme temos o alter-ego de Rogen, o gordinho Seth (Jonah Hill) e Evan (Michael Cera). Eles são amigos inseparáveis desde a infância e estão prestes a ir para universidades distintas.

Seth é o gordo desajeitado e desbocado, cujo pensamento é quase que exclusivo para meninas e pornografia. Evan é tímido e tem uma atração velada por uma colega. Ambos são maltrados pelos colegas e vivem no limbo do mundo social. Em seus últimos dias juntos na escola, os dois acabam sendo convidados para uma festa com, pela cabeça de Seth, “possibilidade de sexo”.

O filme transcorre inteiro na tentativa dos dois em comprar bebidas junto ao amigo nerd Fogell (Christopher Mintz-Plasse) via identidade falsa – nos Estados Unidos, bebida alcoólica só é vendida para maiores de 21 anos. Eles querem municiar a festa e daí impressionar as garotas, além de embebedá-las, e daí, aumentar a possibilidade de sexo.

O argumento pode soar sexista, e o é (como a maioria do universo masculino juvenil de hoje), mas apresenta em suas entrelinhas um momento de evolução na percepção destes dois garotos sobre o que realmente interessa às garotas. Depois de esgarçar as inseguranças dos dois adolescentes e fazer o espectador rir com o esforço dos moleques para agradar as meninas e conseguir sexo, o final de “Superbad”, num shopping center, acena para um sopro de maturidade entre eles.

Há ainda, depois de alguns conflitos entre Seth e Evan, uma conciliação amorosa, sem ser homossexual, entre estes dois machinhos em formação. É um tipo de situação incomum nos besteiróis juvenis de Hollywood, e difícil de ser contada e representada. Coisa que todo o elenco faz muito bem.

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