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Festivais

Mostra Visionários: Audiovisual na América Latina

Sensorialidade visual e sonora latinoamericana

Por Luiz Joaquim | 15.09.2008 (segunda-feira)

Terreno delicado esse da experimentação audiovisual. Para boa degustação, um prévio conhecimento de sua história pode ajudar a sentir melhor os sabores que guarda o velho e bom filme ou vídeo experimental. O Itaú Cultural tem sido no Brasil a instituição que mais abre os olhos dos artistas e curiosos para esse canal de multi-comunicação e sensações. Como parceiro fiel da Fundação Joaquim Nabuco, escolheu a sala João Cardoso Ayres, no Derby, para apresentar um verdadeiro guia latinoamericano neste campo. Assim, inicia amanhã (terça) o “Visionários: Audiovisual na América Latina”.

Até domingo, a partir das 16h e com entrada franca, é possível acompanhar 73 obras, antológicas e contemporâneas, dando um recorte representativo de trabalhos do gênero criados na América Central e do Sul. “Visionários” resulta de pesquisa e curadoria coletiva feitas pelo crítico Arlindo Machado; Elias Levin (América Central, México e Caribe); Jorge La Ferla (Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai); Marta Velez (Países Andinos e Cuba); e Roberto Cruz (Brasil), gerente do Núcleo de Audiovisual do Itaú Cultural, que organizou o evento itinerante.

“A cultura audiovisual dos povos que habitam a América Latina é diversa e as fronteiras estão alargadas por diferenças históricas e geográficas. O público poderá conferir um conjunto diverso de produções que tratam das questões sociopolíticas próprias a muitos países latinos. Outras, que buscam a sensorialidade sonora e visual da imagem e a experiência estética com a imagem digital, e também trabalhos cujos temas da contemporaneidade representam distintamente os aspectos culturais mais intrínsecos da latinidade”, adianta Cruz. Ele participa de debate hoje, junto a Elias Levin, após a abertura do evento com o programa “Paradigmas do Experimental”, de Machado.

Em “Paradigmas…”, será exibido “O Pátio” (1958), curta-metragem de Glauber Rocha influenciado pela arte concreta. Nele vemos Helena Ignez e Solón Barreto se movimentando lentamente por um terraço. Os outros oito programas são: “Relatos de la Frontera”; Estados Alterados”; “No Zapping”; Trópicos

Audiovisuais”; “Paradigmas da Latinidade”; “Máquinas e Imaginários”; “Domínio Público” e “Outras Convergências”. O evento, que já estreou com sucesso em São Paulo, segue para Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, La Paz (Bolívia), Cidade do México e Mérida (México) e Buenos Aires (Argentina).

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