A passagem do ano entre israelitas e palestinos foi tensa e só aumenta pelo conflito na Faixa de Gaza. Até a útlima quinta-feira, pelo menos 763 palestinos eram dados como mortos e 31 mil foram feridos no confronto, que teve início em 27 de dezembro. O mundo observa triste ao conflito e o curador do Cineteatro do Parque, Ernesto Barros, foi sagaz o suficiente para articular uma mostra de filmes de (ou sobre a) guerra para provocar uma reflexão sobre o tema.

A mostra inicia hoje no Cineateatro do Parque (que tem também em cartaz o pernambucano “Deserto Feliz” – veja roteiro), e está dentro do projeto Cineclube do Cineteatro Apolo. O cinema da rua do Apolo está ocupado neste mês pelas pautas do Janeiro de Grandes Espetáculos, daí a transferência do cineclube para o Parque.

Programado para as 18h, a mostra abre com “Nossa Música”, de Jean-Luc Godard, no qual o diretor francês aplica sua visão para o céu, inferno e prgatório a partir de “A Divina Comédia”, de Dante Aligieri. Os outros filmes exibem dia 19, “Delicada Relação” (2002), de Eytan Fox, sobre uma história de amor homossexual entre um israelita e um libanês numa base militar fronteiriça; e o clássico e imperdível “Johnny Vai à Guerra” (1971), de Dalton Trumbo, no dia 26 de janeiro.

Ernesto oferece ainda esta semana também no Parque, dentro do projeto Cinema Falado, a projeção de longas-metragens pernambucanos já históricos seguido de debate com seus realizadores. Quarta-feira (a partir das 16h30) é o dia de Paulo Caldas, com a exibição do curta “Nem Tudo São Flores” e os dois longas “O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas” e “Baile Perfumado”.

Na quarta 21, Marcelo Gomes fala de “Perna Cabiluda”, “Maracatu Maracatus” e “Clandestina Felicidade” e dos longas “Madame Satã”, de Karin Ainouz (co-roteirizado por Marcelo) e “Cinema, Aspirinas e Urubus”. O último dia, 28 de janeiro, está reservado para Lírio Ferreira comentar “Baile Perfumado”, “Árido Movie” e “Cartola – Música para os Olhos”.