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Festivais

2º Festival Paulínia de Cinema (2009) – abertura

Paulínia dá mais um passo

Por Luiz Joaquim | 09.07.2009 (quinta-feira)

Faz apenas um ano que surgiu no imenso horizonte de festivais de cinema no Brasil – são cerca de 100 por ano – o Festival Paulínia de Cinema. Nesse cenário, o evento no município a 119 quilômetros da capital paulista chamou de imediato a atenção dos produtores de cinema no Brasil em função da generosa premiação em dinheiro que oferece a seus concorrentes. Nesta 2ª edição são R$ 650 mil distribuídos em 34 categorias divididas por longas e curtas-metragens.

Iniciado hoje (quinta-feira), com sessão para convidados de “À Deriva”, terceiro longa-metragem do pernambucano Heitor Dhália, o festival deu partida ao desfile de alguns dos títulos que deverão chamar atenção quando lançados comercialmente em breve, seja por aspectos estéticos/narrativos, seja por questões mercadológicas.

Com curadoria do crítico Rubens Ewald Filho e organização do Secretário de Cultura de Paulínia, Emerson Alves, e do produtor Ivan Melo, o Festival agrega gente como Eduardo Valente (“No Meu Lugar”, exibe segunda-feira) com Moacyr Góes (“Destino”, exibe sábado), ou ainda Eduardo Coutinho (“Moscou”, exibe segunda-feira) com Daniel Filho (“Tempos de Paz”, encerra hor-concours o festival na quinta-feira, 16).

À propósito, Daniel Filho é o grande homenageado desta edição por ser o atual campeão de bilheteria do cinema nacional, junto a Globo Filmes, cujas produções por ela distribuídas (dez delas) serão projetadas em bairros periféricos. Antes de cada sessão da seleção oficial, também serão homenageados alguns destaques do ano, entre eles Lilian Cabral (“Divã”), Toni Ramos e Glória Pires (“Seu Eu Fosse Você 2”), Sandra Corverloni (“A Casa de Alice”), Cláudio Torres (“A Mulher Invisível”), e César Charlone (fotografia de “Ensaio Sobre a Cegueira”).

Entre a mostra competitiva de longas, Paulínia segmenta ficção de documentário. Entre os curtas, segmenta brasileiros de regionais. Curiosamente, a seleção de curtas nacionais abarca apenas produções do Rio de Janeiro (2) e de São Paulo (4). Entre os longas de ficção, temos também “O Contador de Histórias”, de Luiz Vilaça; “Enquanto Dura o Amor”, de Roberto Moreira; “Antes que O Mundo Acabe”, de Ana Luiza Azevedo; e “Olhos Azuis”, produção de José Joffily, com o ator pernambucano Iradhir Santos no elenco.

Na competição entre os documentários, “Caro Francis”, de Nelson Hoineff (que em setembro lança documentário sobre Chacrinha); “Mamonas, o Doc.”, de Cláudio Kans; “Sentido à Flor da Pele”, de Evaldo Mocarzel; “Só Dez por Cento É Mentira”, de Pedro César; e “Herbert de Perto”, de Roberto Berliner e Pedro Bronz. Neste último o foco está em Herbert Vianna e em sua carreira no Paralamas do Sucesso, banda que, não por acaso, faz um show no encerramento do Festival no Theatro Municipal do município.

Há ainda um concurso de roteiros, que terá seu vencedor (de 80 inscritos) anunciado no final do festival, recebendo o valor de R$ 45 mil. Paulínia também promove uma mostra paralela com sucessos brasileiros de bilheteria e uma série de debates que pretendem discutir desde o impacto das novas mídias nas produções cinematográficas, passando pelos mecanismos de financiamento e chegando até as perspectivas do mercado, com exibidores e distribuidores. Um destes, que distribui e exibe filmes no Brasil, é Adhemar Oliveira, que compõe o júri oficial de Paulínia junto ao jornalista Zuenir Ventura, a roteirista Elena Soarez, o documentarista João Jardim, e a diretora de produção da HBO Maria Ângela de Jesus.

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