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Festivais

42º Festival de Brasília (premiação) 2009

Cinema pernambucano leva seis Candangos para o Recife

Por Luiz Joaquim | 25.11.2009 (quarta-feira)

BRASÍLIA (DF) – Uma convicção apontava as expectativas de premiação do 42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, encerrada na noite desta terça-feira no Cine Brasília, a de que o longa-metragem de Anna Muylaert, “É Proibido Fumar”, e o curta de Kleber Mendonça Filho, “Recife Frio”, sairiam daqui como grandes vencedores. E saíram. Muylaert carregou para São Paulo sete Candângos (troféu do Festival de Brasília), entre eles o de melhor filme; e Kleber trouxe para sua cidade quatro deles. Já Camilo Cavalcante, com seu curta “Ave Maria ou Mãe dos Sertanejos” arrebatou três estatuetas, e entre elas a de melhor filme.

Assim, pela lógica do júri oficial do festival – o cineasta Paulo Caldas, a atriz e produtora Denise Dummont, o crítico Carlos Heli de Almeida, o produtor Flávio Tambelinni, a atriz Rosane Mulholland e o produtor Mauro Giuntini – o arrebatador registro de imagens que Camilo imprimiu para o Sertão Central pernambucano e seus habitantes, valeu mais que a posicão política e maestralmente cinematografada vista em “Recife Frio”. Camilo, no palco, recebeu o prêmio claramente surpreso.

Beto Martins, responsável pela fotografia, de “Ave Maria…” e Nicolas Hallet, técnico de som, ficaram com os outros dois troféus do filme de Camilo. Nicolas, à propósito, recebeu o mesmo Candângo por dois trabalhos ao mesmo tempo. Valeu também por outro curta pernambucano: “Azul”, de Eric Laurence.

Já Kleber, além dos prêmios oficiais de melhor diretor, roteirista, júri popula e da crítica, foi agraciado com o prêmio aquisição Canal Brasil, prêmio Saruê (do jornal Corrêio Braziliense), e o prêmio Vagalume (do projeto Cinema para Cegos), somando assim um total de sete prêmios. Nos agradecimentos, o cineasta explicou que não tinha pretensões como político, mas que “com esse filme, gostaria que algumas coisas fossem mudadas da forma como são tocadas hoje no Recife”.

Entre os longas, “É Proibido Fumar” foi o melhor também pela direção de arte, trilha sonora, montagem, atriz coadjuvante (Dani Nefussi), além de ator (Paulo Micklos, já contemplado em Brasília por “O Invasor”), e atriz (Glória Pires). Ela, notadamente emocionada, ressaltou a honra dizendo que era a primeira vez que concorrera em festivais de cinema. Muylaert foi também lembrada pelo prêmio da crítica.

Evaldo Mocarzel também saiu feliz da Capital Federal com os Candângos de direção, fotografia e som para o seu “Quebradeiras”. Quem também saiu satisfeito com os prêmios do júri popular e especial do júri para “Filhos de João: Admirável Mundo Novo Baiano”, foi seu diretor Henrique Dantas em debut num longa-metragem.

A distribuição de troféus entre outros curtas contemplou ainda o elenco masculino de “A Noite como Testemunha” como melhor ator e trilha sonora. A melhor direção de arte eleita foi para “Os Amigos Bizarros do Ricardinho”. Melhor montagem ficou com “Bailão”, e melhor atriz foi a pernambucana Mariah Teixeira (atriz de “Baixio das Bestas”) por sua atuação em “Água Viva”.

A cerimônia de encerramento contou, antes da premiação, com a exibição do curta “Brasília, Capital do Século” (1959), de Gerson Tavares, e do longa “Brasília a Última Utopia” (1989), longa em seis episódios dirigidos individualmente por Pedro Anísio, Geraldo Moraes, Vladimir Carvalho, Pedro Jorge de Castro, Moacir de Oliveira, Roberto Pires.

*Viagem a convite do festival

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PRÊMIOS OFICIAIS – TROFÉU CANDANGO

LONGA-METRAGEM EM 35MM

MELHOR FILME (JÚRI OFICIAL) – R$ 80.000,00
FILME: “É PROIBIDO FUMAR”, DE ANNA MUYLAERT

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI – R$ 30.000,00
FILME: “FILHOS DE JOÃO, ADMIRÁVEL MUNDO NOVO BAIANO”, DE HENRIQUE DANTAS

PRÊMIO JÚRI POPULAR
MELHOR LONGA-METRAGEM EM 35MM – R$ 30.000,00
E AINDA
PRÊMIO EXIBIÇÃO TV BRASIL
R$ 30 MIL AO MELHOR LONGA-METRAGEM E O TÍTULO PREMIADO INTEGRARÁ A PROGRAMAÇÃO DA EMISSORA.
FILME: “FILHOS DE JOÃO”, ADMIRÁVEL MUNDO NOVO BAIANO, DE HENRIQUE DANTAS

MELHOR DIREÇÃO – R$ 20.000,00
EVALDO MOCARZEL (“QUEBRADEIRAS”)

MELHOR ATOR – R$ 10.000,00
PAULO MIKLOS (“É PROIBIDO FUMAR”)

MELHOR ATRIZ – R$ 10.000,00
GLÓRIA PIRES (“É PROIBIDO FUMAR”)

MELHOR ATOR COADJUVANTE – R$ 5.000,00
BRUNO TORRES (“O HOMEM MAU DORME BEM”)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – R$ 5.000,00
DANI NEFUSSI (“É PROIBIDO FUMAR”)

MELHOR ROTEIRO – R$ 10.000,00
ANNA MUYLAERT (“É PROIBIDO FUMAR”)

MELHOR FOTOGRAFIA – R$ 10.000,00
GUSTAVO HADBA (“QUEBRADEIRAS”)

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE – R$ 10.000,00
MARA ABREU (“É PROIBIDO FUMAR”)

MELHOR TRILHA SONORA – R$ 10.000,00
MÁRCIO NIGRO (“É PROIBIDO FUMAR”)

MELHOR SOM – R$ 10.000,00
E AINDA
PRÊMIO DOLBY: CONSISTE NA LICENÇA PARA USAR O SISTEMA DE SOM DOLBY (EQUIVALENTE A QUATRO MIL DÓLARES).
MIRIAM BIDERMAN, RICARDO REIS E ANA CHIARINI (“QUEBRADEIRAS”)

MELHOR MONTAGEM – R$ 10.000,00
PAULO SACRAMENTO (“É PROIBIDO FUMAR”)

CURTA OU MÉDIA-METRAGEM EM 35MM

MELHOR FILME (JÚRI OFICIAL) – R$ 20.000,00
FILME: “AVE MARIA OU A MÃE DOS SERTANEJOS”, DE CAMILO CAVALCANTE

PRÊMIO JÚRI POPULAR
MELHOR CURTA-METRAGEM EM 35MM – R$ 20.000,00
E AINDA
PRÊMIO MEGACOLOR/ ESTUDIOS MEGA
R$ 8.000,00 EM SERVIÇOS DO ESTUDIOS MEGA E R$10.000,00 EM SERVIÇOS DO MEGACOLOR
FILME: “RECIFE FRIO”, DE KLÉBER MENDONÇA

MELHOR DIREÇÃO – R$ 10.000,00
KLÉBER MENDONÇA FILHO (“RECIFE FRIO”)

MELHOR ATOR – R$ 5.000,00
ELENCO MASCULINO DE “A NOITE POR TESTEMUNHA” (ALESSANDRO BRANDÃO, ANDRÉ REIS, DIEGO BORGES, IURI SARAIVA E TÚLIO STARLING)

MELHOR ATRIZ – R$ 5.000,00
MARIAH TEIXEIRA (“ÁGUA VIVA”)

MELHOR ROTEIRO – R$ 5.000,00
KLÉBER MENDONÇA FILHO (“RECIFE FRIO”)

MELHOR FOTOGRAFIA – R$ 5.000,00
BETO MARTINS (“AVE MARIA OU A MÃE DOS SERTANEJOS”)

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE – R$ 5.000,00
VICENTE SALDANHA (“OS AMIGOS BIZARROS DO RICARDINHO”)

MELHOR TRILHA SONORA – R$ 5.000,00
MARCUS SIQUEIRA E THIAGO CURY (“A NOITE POR TESTEMUNHA”)

MELHOR SOM – R$ 5.000,00
NICOLAS HALLET (POR “AVE MARIA OU A MÃE DOS SERTANEJOS” E “AZUL”)

MELHOR MONTAGEM – R$ 5.000,00
GUILE MARTINS (“BAILÃO”)

CURTA-METRAGEM DIGITAL

MELHOR FILME (JÚRI OFICIAL) – R$ 15.000,00
“ENSAIO DE CINEMA”, DE ALLAN RIBEIRO

MELHOR DIREÇÃO – R$ 10.000,00
MAURÍCIO OSAKI – “LEMBRANÇA”

MELHOR ATOR – R$ 5.000,00
JOÃO VÍTOR D’ALVES – “OBRA-PRIMA”

MELHOR ATRIZ – R$ 5.000,00
LARISSA SARMENTO – “MAS NA VERDADE UMA HISTÓRIA SÓ”

MELHOR ROTEIRO – R$ 5.000,00
THEREZA JESSOURON – “DOIS MUNDOS”

MELHOR FOTOGRAFIA – R$ 5.000,00
PIERRE DE KERCHOVE – “LEMBRANÇA”

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE – R$ 5.000,00
HENRIQUE DANTAS – “APREÇO”

MELHOR TRILHA SONORA – R$ 5.000,00
VÍTOR ARAÚJO – “DOIS PRA LÁ, DOIS PRA CÁ”

MELHOR SOM – R$ 5.000,00
RENATO CALAÇA – “DOIS MUNDOS”

MELHOR MONTAGEM – R$ 5.000,00
JIMI FIGUEIREDO – “QUASE DE VERDADE”

OUTROS PRÊMIOS

CÂMARA LE G ISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Exclusivo para produções do Distrito Federal
O júri celebra o aumento da produção e elevado nível da qualidade dos filmes concorrentes. Tal quadro nos levou a sugerir nos próximos anos que a premiação se estenda a técnicos e atores. Neste ano o júri inova ao conceder dois prêmios especiais para homenagear a produção local. São eles:
Pelo trabalho pioneiro no desenho de som e finalização, constante em vários filmes no decorrer da história do cinema brasiliense e nesse festival presente em sete filmes. o júri homenageia DIRCEU LUSTOSA
Por sua participação em vários filmes de Brasília como roteirista, produtor e ator nesse ano visto no filme Galinha Preta e também por estar na vanguarda do trabalho social, do cinema e da fé, o júri homenageia RONALDO D’ OXUM.

CÂMARA LE G ISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Melhor longa em 35mm R$ 75.000,00
E ainda Prêmio Quanta
R$ 10.000,00 em equipamentos de iluminação e maquinaria
FILME: “PERDÃO MISTER FIEL”, DE JORGE OLIVEIRA

CÂMARA LE G ISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Melhor longa em 35mm R$ 35.000,00
2º lugar em classificação
FILME: “O HOMEM MAU DORME BEM”, DE GERALDO MORAES

CÂMARA LE G ISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Melhor média ou curta em 35mm R$ 20.000,00
E ainda Prêmio Quanta
R$ 8.000,00 em equipamentos de iluminação e maquinaria
FILME: “VERDADEIRO OU FALSO”, DE JIMI FIGUEREDO

CÂMARA LE G ISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Melhor média ou curta em 35mm R$ 10.000,00
2º lugar em classificação
FILME: “DIAS DE GREVE”, DE ADIRLEY QUEIRÓS

CÂMARA LE G ISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Melhor filme Digital R$ 10.000,00
E ainda Prêmio Quanta
R$ 4.000,00 em equipamentos de iluminação e maquinaria
FILME: “EL CINE NO MUERTO”, DE ANDRÉ MIRANDA

AQUISIÇÃO CANAL BRASIL
Cessão de um Prêmio de Aquisição, no valor de R$ 10.000,00, ao Melhor Curta 35mm selecionado pelo júri Canal Brasil.
FILME: “RECIFE FRIO”, DE KLÉBER MENDONÇA

PRÊMIO DA CRÍTICA – TROFÉU CANDAN G O
Melhor longa 35mm
FILME: “É PROIBIDO FUMAR”, DE ANNA MUYLAERT

PRÊMIO DA CRÍTICA – TROFÉU CANDAN G O
Melhor curta em 35mm.
FILME: “RECIFE FRIO”, DE KLÉBER MENDONÇA

PRÊMIO ABCV DF 2009
Troféu conferido pela Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo do Distrito Federal ao Melhor Curta em 35mm do Distrito Federal.
FILME: “SENHORAS”, DE ANDRIANA VASCONCELOS

PRÊMIO VA G ALUME
Troféu conferido por integrantes do projeto Cinema para Cegos, da Diretoria de Inclusão Sociocultural, da Secretaria de Cultura do DF
Melhor Longa 35mm.
FILME: “FILHOS DE JOÃO, ADMIRÁVEL MUNDO NOVO BAIANO”, DE HENRIQUE DANTAS

PRÊMIO VA G ALUME
Melhor Curta 35mm
FILME: “RECIFE FRIO”, DE KLÉBER MENDONÇA

PRÊMIO SARUÊ
Conferido pela equipe de cultura do jornal Correio Braziliense.
PELO ARREBATAMENTO QUE A EXIBIÇÃO PROVOCOU NOS ESPECTADORES, PELA ORIGINALIDADE E CRÍTICA SOCIAL CONTIDAS NA OBRA E PELA PRESENÇA VIBRANTE DE DONA LIA DE ITAMARACÁ NA TELA DO CINE BRASÍLIA, A EQUIPE DE CULTURA DO CORREIO BRAZILIENSE DESTINA O PRÊMIO SARUÊ AO CURTA-METRAGEM RECIFE FRIO, DE KLEBER MENDONÇA FILHO.

MARCO ANTÔNIO G UIMARÃES – TROFÉU CANDAN G O
Conferido pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro para o filme que melhor utilizar material de pesquisa cinematográfica brasileira.
FILME: “FILHOS DE JOÃO, ADMIRÁVEL MUNDO NOVO BAIANO”, DE HENRIQUE DANTAS

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