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Resgate para o cinema

Câmera clara 188

Por Luiz Joaquim | 15.01.2010 (sexta-feira)

Numa conversa de elevador, na redação da Folha de Pernambuco, com o colega Thiago Soares, falávamos sobre a impressionante performance do filme “Avatar”, de James Cameron na bilheteria. E não apenas na semana de estreia, como em sua semana subsequente, que só teve uma queda de 15% de público em relação à semana de abertura. Em Pernambuco, na sala 3-D digital do complexo Box Cinemas, houve fila de espera de três dias para ter acesso ao filme. A obra alcançou a impressionante marca de mais de 3,5 milhões de espectadores no Brasil em apenas duas semanas de exibição. No resto do mundo os resultados são semelhante em competência por tirar pessoas de casa e fazê-las ir a uma sala de cinema. É claro que muito desse sucesso se deve a inovação tecnológica que se vê nas aventuras dos Na’vi (personagens de “Avatar”) no planeta Pandora. Já soubemos do depoimento de adolescentes dizendo que “Avatar” ele não iria baixar, porque queria ver em 3-D. O efeito de tirar legiões de adolescentes da frente da seus computadores (que hoje vêem essencialmente filmes baixados pela internet) lembra um outro efeito provocado também pela tecnologia nos anos 1950. Naqueles anos, foi o Cinerama, o 3-D (sim, jovens, o 3-D não nasceu nos anos 2000), o CinemaScope (e seus derivados) que “salvou” o cinema. Naqueles anos, a novidade da televisão ameaçava (e concretizou a ameaça) de reduzir o público do cinema. Sendo assim, Hollywood tratou de correr atrás do prejuízo reformulando o entretenimento. No caso do Cinerama combinava a captação e projeção da imagem por três câmeras. Nos cinemas, víamos um filme numa tela com mais de 140° de curvatura. O conceito do 3-D é hoje bastante conhecido, com imagens “saindo” da tela. O CinemaScope foi uma versão mais econômica e prática para o Cinerama, dando uma proporção na imagem, por uma lente anamórfica, que era de 2,35 para 1. Ou seja, a estratégia de “Avatar” não é nova, mas é louvável por pôr gente em sala escura novamente.

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“Avatar” mal
A Islândia é talvez um dos únicos países que não tem “Avatar” como líder de bilheteria no segundo fim de semana. Por lá, a comédia local “Mr. Bjarnfredarson”, que foi inspirado numa série de bastante sucesso numa TV de lá . O filme estreou no Natal e superou “Avatar” na segunda semana.

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Cameron
James Cameron, diretor de “Avatar”, adquiriu os direitos do livro “The Last Train for Hiroshima: The Survives Look Back”, de Charles Pelegrino, que reúne depoimentos de ataque à cidade do título nos anos 1940. O livro chega às livrarias dos Estados Unidos amanhã. Cameron fundirá este e outro livro para fazer um filme sobre a Segunda Guerra Mundial.

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Haiti
O mundo sofre junto com os haitianos e Hollywood faz sua parte. Ao menos uma figura politicamente engajada de lá. George Clooney vai aparecer em rede nacional nos EUA nesta sexta-feira (22), pela MTV num programa que irá levantar recursos para as vítimas da catástrofe em Porto Príncipe e redondezas.

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