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Festivais

60º Festival de Berlim (2010) – abertura

Sexagenário enxuto

Por Luiz Joaquim | 10.02.2010 (quarta-feira)

Ele é o primeiro no ano a se apresentar ao mundo da tríade formada com os festivais de Cannes (maio) e Veneza (agosto). O Festival de Berlim, ou como é carinhosamente chamado, Berlinale, inicia amanhã (dia 11/02 e seguindo até dia 21) sua 60ª edição. Serão mostrados 26 filmes (dos quais 21 competem) de 18 países. Com a honra de participar da cerimônia de abertura hoje, às 19h30 na Alemanha (23h30 em Brasília) está o filme chinês “Tuan Yuan” (‘Reunidos Separados’, numa tradução livre), de Wang Quan’an (Urso de Ouro em 2007 por “O Casamento de Tuya”).

Filme fala sobre a permissão que é concedida a um grupo de ex-soldados, 50 anos depois da proclamação da república chinesa, a viajar de Taiwan para China e se reunir com membros da família em Shangai. O assunto casa com o principal tema do festival este ano, a família. O encerramento também fica com outro asiático, o novo filme do japonês Yoji Yamada (78 anos), “Otôto”, sobre uma recém-viúva com sua filha Koharu e sua sogra que decidem controlar a farmácia da família, até que Koharu decide casar e deixar sua mãe e avó por conta própria no negócio.

Competindo nesta edição, encontramos vencedores em outros anos do festival – Michael Winterbottom, Roman Polanski, Zhang Yimou, Jasmila Zbanic e Wang Quan’an – ao lado de estreantes. Dos 21 títulos em disputa pelo Urso de Ouro, 17 filmes estreiam ali. Da América Latina está o argentino (co-produção com a França) “Rompecabezas” de Natalia Smirnoff, sobre o presente de aniversário de um dona de casa que completa cinquenta anos: um quebra-cabeça. Do Brasil, temos, na mostra paralela Panorama, “Besouro”, de João Daniel Tikhomiroff, e Esmir Filho com “Os Famosos e Os Duendes da Morte” na mostra geração, para realizadores iniciantes.

Em retrospectiva estão programados “Viver”, de Akira Kurosawa; “O Salário do Medo”, de Georges Clouzot; “Acossado”, de Jean-Luc Godard; “A Noite”, de Michelangelo Antonioni; e outros. Outra sessão esperada acontece no sábado, com a cópia restaurada de uma versão extendida de “Metrópolis”, de Fritz Lang, encontrada no início do ano passado na Argentina. A sessão histórica acontece ao ar livre, com orquestra ao vivo.

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