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Idas e Vindas do Amor

Materializando uma coisa chamada amor

Por Luiz Joaquim | 19.02.2010 (sexta-feira)

Um garoto de 10 anos compra um cartão musicado do dia dos namorados no filme “Idas e Vindas do Amor” (Valentine’s Day, EUA, 2010) para presentear a sua primeira paixão. Quando aberto, o cartão toca a açucarada canção “when a maaan loves a womaaan…”. De certo modo, este cartão traduz muito bem este novo filme do experiente diretor Garry Marshall (“Uma Linda Mulher”, 1990, “Frankie & Johnny”, 1991, “Noiva em Fuga”, 1999, “Diário de uma Princesa” 2001).

Isso porque “abrir” este filme é “encontrar” exatamente o que se espera ao se receber um cartão de dia dos namorados. Isso significa que se você está namorando, esse cartão será maravilhoso. Se não, pode soar como uma promessa de um futuro promissor. O “Valentine’s Day” no título original é exatamente como os norte-americanos chamam seu ‘dia dos namorados’ e Marshall conduz o fime pela extensão deste dia na vida de diversos personagens transitando numa Los Angeles ágil e fútil.

E são diversos mesmo, com o detalhe que quase todos são vividos por estrelas megapotentes de Hollywood – algumas, velhas conhecidas de Marshall como Julia Roberts, Shirley MacLaine e Anne Hathaway. Elas, entretanto, têm papel secundário (assim como Kathy Bates, Bradley Cooper, Patrick Dempsey, Jamie Foxx, Queen Latifah, Jessica Alba e outros).

Com todos eles, vamos acompanhando suas desventuras no famigerado dia, mas, é a partir da história do florista Reed (Ashton Kutcher), que amanhece pedindo sua namorada (Alba) em casamento; e da melhor amiga dele (Jennifer Garner) também feliz com seu novo namorado (Dempsey), um médico desquitado que o filme se estrutura.

Marshall é audacioso. Montou uma estrutura que tenta abarcar as agruras do amor na infância, adolescência, fase adulta e na velhice. Se sai bem até certo ponto, mas “Idas e Vindas…” acaba definindo-se (e a Hollywood) por uma frase que o jornalista de Foxx diz para sua chefe Bates: “algumas pessoas só acreditam no amor quando ele é materializado em algo”.

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