Tudo começou em 2004 quando, ainda numa quadra adaptada para um cinema no Parque Euclides Dourado, o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) ofereceu, numa parceira com a Fundação Joaquim Nabuco, uma programação audaciosa de cinco filmes ainda inéditos no Brasil. Depois de uma pausa em 2005, a mostra de cinema voltou em 2006 já num espaço profissional de projeção, mais especificamente, na sala 2 do Cine Eldorado daquela cidade. Este ano a produção do FIG anuncia sua 6ª edição cinematográfica – programada para acontecer entre 16 e 22 de julho -, reunindo nove longas-metragens (dois inéditos no Estado) e sete curtas-metragens pernambucanos e um brasiliense.

Os maiores beneficiários dos longas inéditos (“Tô de Férias” e “A Casa Verde”) são as crianças. O primeiro, de Reinhard Klooss, da Alemanha. É uma animação em que um bebê de dinossauro com asas vive numa ilha até que é sequestrado por um caçador que lhe promete benefícios. Já o brasileiro “A Casa Verde”, de Paulo Nascimento, e com voz da atriz Ingra Liberato, apresenta um desenhista em crise criativa é pressionado por sua editora a entregar uma história em quadrinhos. A ação só avança quando um dos personagens do HQ inventa um reciclador de lixo.

Já os adultos, poderão re(ver) alguns filmes interessantes que nunca tiveram exibição no interior do Estado, como “As Melhores Coisas do Mundo”, de Laís Bodanski; “Quincas Berro D´Agua”, de Sérgio Machado – (ambos exibidos no último Cine-PE: Festival do Audiovisual, assim como “O Homem Mau Dorme Bem”, de Geraldo Moraes. Dos estrangeiros que passaram pelo circuito comercial estão “Educação”, de Lone Scherfig; “Aconteceu em Woodstock”, de Ang Lee; e “O Preço da Traição”, de Atom Egoyan. Será possível também ver o “Os Famosos e Os Duendes”, de Esmir Filho, exibido apenas no Cinema da Fundação, em dezembro último.

Os longas serão acompanhados pelos curtas “Recife Frio”, de Kleber Mendonça Filho; “Faço de Mim o Que Quero”, de Sérgio Oliveira e Petrônio Oliveira; “Epox”, de Sérgio Oliveira; “Ave Maria Mãe dos Sertanejos”, de Camilo Cavalcente; “Um Médico Rural”, de Claudio Fernandes; “Azul”, de Eric Laurence; “Incenso”, de Marcos Hanois (In Memorian); “A Noite por Testemunha”, de Bruno Torres.