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Críticas

Kung-Fu Panda 2

Golpes e pança contra o mal

Por Luiz Joaquim | 10.06.2011 (sexta-feira)

Não é exatamente divertido, para um adulto, ver “Kung-Fu Panda 2” (idem, EUA, 2011), mas também não chega a ser desagradável. Não é divertido porque já vimos (e melhor) o mesmo desenrolar da história vendida aqui em um sem-número de filmes infantis (e não estamos falando apenas do primeiro “Kung-fu Panda”). E não é desagradável porque a criação de arte do filme caprichou na beleza plástica para compor o cenário de uma China medieval onde se passa o enredo, agora em 3D digital.

É talvez por saber de suas limitações nesse aspecto que a DreamWorks Animation não economizou no nome de estrelas que dão voz aos bichinhos falantes; estratégia que sempre torna a obra em algo mais curioso. Sendo assim, estão lá as vozes de, na versão original, claro, Jack Black (como o Panda Po), Angelina Jolie (tigresa), Dustin Hoffman (o mestre Shifu), Gary Oldman (como um, claro, malvado pavão), Jackie Chan (o macaco), Seth Rogen (gafanhoto), Lucy Liu (uma cobrinha) e até Jean-Claude Van Damme (o crocodilo). Na versão brasileira, de chamariz, temos apenas o Lúcio Mauro Filho, se esforçando dando voz ao Panda Po.

Na história, Po está feliz com a fama de Guerreiro Dragão ao lado dos Cinco Furiosos, mas com a chegada do Pavão e seus canhões, não só a China como o próprio Kung-Fu ficam ameaçados. Enquanto luta para combater o mal, Po vai atrás de sua origem e é lá que descobre como chegar a “paz interior” e conseguir êxito na luta. O curioso aqui (e equivocado, me parece) é como o enredo relaciona a idéia de paz para uma questão bélica.

Em resumo, “Kung-fu Panda 2” oferece o que seu público deseja. Mais do mesmo. Só que adicionado de uma audácia, a tal “paz interior”, que parece mais sair pela culatra que atingir o alvo correto.

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