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Reportagens

De olho na produção dos hermanos

Mostra de cinema argentino ocupa o Cine Apolo (Recife)

Por Luiz Joaquim | 25.07.2011 (segunda-feira)

Há muito que o cinema argentino é celebrado no mundo e, particularmente, com certa veemência no Brasil, onde um recorte interessante de sua produção nos chega pelo circuito comercial. Mas o que há de tão interesse nesse trabalho audiovisual de nossos vizinhos? De hoje a sexta-feira, a Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura Cidade do Recife oferecem uma chance de pensar a respeito dessa questão, quando coloca em cartaz, no Cineteatro Apolo, uma mostra com dez filmes (cinco curtas-metragens e cinco longas) realizados na última década naquele país. As sessões são às 19h, com entrada gratuita.

A proposta de reflexão não fica atrelada apenas a revisão dessa dezena de filmes que de certo modo marcaram o período ou revelaram bons realizadores argentinos. O gerente do Audiovisual da Prefeitura do Recife, Sérgio Dantas, agregou ao evento um debate após todas as sessões com o diretor e roteirista argentino, radicado na França, Gualberto Ferrari. Mediado pelo próprio Sérgio, a cada dia Gualberto irá conversar com o público sobre aspectos da produção portenha, além de interlocutar com um especialista em cinema convidado para o debate.

Hoje, após a projeção do curta “Amaina” (2011), de Eduardo Crespo, e o longa “Abutres”, de Pablo Trapero, Gualberto abre os debates. Amanhã, após ” Murana” (2010), de Sebastian Palacio, e “O Segredo de Seus Olhos” (2009), de Juan José Campanella, o papo conta com a prensença de Celso Marconi. Na quarta-feira, será a vez da participação de Cláudio Bezerra após exibição de “Entreluces” (2006), de Maximiliano Schonfeld, e “As Leis de Família” (2006), de Daniel Burman. Já quinta-feira contempla a projeção do curta “Medianeras” (2005), de Gustavo Taretto, com o longa de Lucrecia Martel, “A Menina Santa”, tendo Luiz Joaquim, deste CinemaEscrito, ao lado de Gualberto no debate. E encerrando a mostra, sexta-feira, será visto “Rosa” (2010), de Monica Laraina, com o longa “Prata Queimada” (2000), de Marcelo Piñeyro. Aqui Gualberto participa com o doutor em cinema Alexandre Figueirôa.

Sérgio Dantas avisa que “Com essa primeira mostra especial, abrimos um novo período para o Cinema Apolo, que possui forte caráter autoral e tem como público frequentador pessoas que gostam e lêem sobre cinema. Escolhemos o cinema argentino de ficção pela inventividade de seus roteiros, pela direção de atores e a sua fotografia arrojada, apesar de toda crise econômica que o país atravessa desde os anos 1990. Gualberto Ferrari nos ajudará a esclarecer detalhes dessas produções que só uma pessoa do meio do cinema argentino poderia nos revelar”, adianta.

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