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Festivais

4º Janela de Cinema (2011) – abertura

Olhos abertos para o Janela

Por Luiz Joaquim | 04.11.2011 (sexta-feira)

E o festival Janela Internacional de Cinema do Recife dá mais um passo em direção ao firmamento onde brilham os grandes festivais de cinema no Brasil. Ao dar partida à sua 4ª edição, às 20h30 de hoje no Cine São Luiz projetando “Febre do Rato”, de Cláudio Assis, o Janela marca mais fundo seu terreno na cidade.

Com a programação que oferece não apenas a atualização de uma consistente produção de curtas-metragens feita pelo mundo, o festival também disponibiliza a primeira exibição de longas-metragens importantes tanto no exterior – “O Garoto da Bicicleta” (domingo, 06), dos Irmãos Dardenne; “As Neves de Kilimanjaro” (sexta-feira, 11), de Robert Guédiguian -, quanto para o país: “Girimunho” (segunda-feira), de Helvécio Marins Jr. e Clarissa Campolina; “Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios” (quinta-feira), de Beto Brant, entre outros, somando um total de 12 longas.

Oferece ainda um panorama, com 20 curtas-metragens produzidos entre os anos 1960 e 1970, entitulado “Sutjeska Film”, oriundos da Iugoslavia o mais audacioso dos programas, aquele que vai exibir toda a produção dirigida por Stanley Kubrick (1928-1999) em cópias restauradas em projeção digital especial, com uma potencia de luminosidade nunca vista no Recife. Como se não bastasse, promove ainda uma aula (sábado, 12) sobre o gênio de “2001: Uma Odisséia no Espaço”, ministrada por Hernani Heffner, conservador-chefe da Cinemateca do Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro.

Na sua origem entretanto, o Janela, privilegiava (e ainda privilegia) o curta-metragem. E para além dos longas medalhões que traz ao Recife, quer também que o espectador, fã ou não de cinema, descubra este formato. Com 11 programas competitivos que reúnem os curtas (são 60) em blocos por idéias estéticas e/ou temáticas, o Janela dá a oportunidade rara de descobrir pérolas que muito provalvemente não chegaria às telas do Recife de outra maneira.

Uma boa carta de apresentação é “Las Palmas” (programa ‘Internacional 5’, amanhã), do sueco Johannes Nyhlon, conhecido do Janela na edição 2008 pelo sua obra anterior “Puppet Boy”. Em “Las Palmas” Johannes usa o próprio filho, um bebezinho que mal consegue andar, para contracenar com marionetes num restaurante diminuto. A questão é que o bebê está caraterizado como um turista encrenqueiro que bebe, fuma e quebra tudo no restaurante das marionetes. Difícil reduzir em um texto os efeito de humor proporcionado por “Las Palmas”.

Dentre alguns curtas que estão estreando no festival recifense, está o curta paulista “Na Sua Companhia”, de Marcelo Caetano; e a belíssima e delicada animação em stop-motion da pernambucana Nara Normande. “Dia Estrelado” (domingo, 6), começa no Janela uma carreira que deve correr o mundo em 2012.

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